sábado, 14 de janeiro de 2017

'Sem capacidade', critica ministro sobre obra de hospital de Macapá

obra, hospital metrepolitano, ms, saúde, macapá, amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP)Obra do Hospital Metropolitano em Macapá iniciou em 2000 mas nunca foi concluída (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP)

A possibilidade de retomar a obra do Hospital Metropolitano de Macapá foi praticamente descartada pelo Ministério da Saúde (MS), que alega falta de condições para o prédio, localizado na Zona Norte de Macapá, receber a estrutura de um hospital. A situação foi relatada pelo ministro Ricardo Barros na sexta-feira (13), em visita ao Amapá.

Ricardo Barros, ministro da Saúde, esteve em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Ricardo Barros, ministro da Saúde, esteve em
Macapá (Foto:Abinoan Santiago/G1)

Ele acrescentou que a conclusão da obra é vista como inviável para o Ministério da Saúde porque a estrutura está deteriorada e a parte elétrica e hidráulica danificadas.

Além disso, foram apontadas irregularidades na obra, a exemplo de corredores sem espaço suficiente para a passagem de macas.

"O prédio do hospital metropolitano tem problemas técnicos de cumprimento de normas técnicas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas que poderão ser superados com recursos financeiros. Entretanto não adianta terminar o hospital, pois ele vai ser um prédio pronto, mas sem capacidade de funcionamento", destacou o ministro.

As obras do hospital metropolitano foram iniciadas em 2000. A obra paralisou duas vezes em 15 anos. A primeira suspensão aconteceu em 2005, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Pororoca, apontando irregularidades no manejo de recursos para a construção. Em 2012, a empresa responsável pelo serviço abandonou a construção por insuficiência financeira para continuar a obra, segundo informou a prefeitura.

obra, hospital metrepolitano, ms, saúde, macapá, amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP)Estrutura está sem condições de funcionar como
hospital (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP)

Para concluir o prédio, a prefeitura calcula ser preciso recursos de aproximadamente R$ 14 milhões e mais R$ 20 milhões por ano para manter o hospital funcionando, algo visto como inviável financeiramente.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís, não descartou a possibilidade de o recurso destinado ao hospital ser devolvido ao MS e começar uma outra obra de saúde novamente desde o início.

"Não descarto e nem o Ministério da Saúde descarta a possibilidade de devolver o dinheiro e darmos uma outra finalidade ao prédio. Para o hospital, pode ser construído outro, em outro lugar. Para isso, vamos trabalhar em conjunto, especialmente com o governo do estado, pois será um hospital de média e alta complexidade", disse o prefeito.

Recursos
O Ministério da Saúde também anunciou a destinação para o Amapá de R$ 48,3 milhões ao longo de 2017. O recurso é resultado de emendas parlamentares liberadas pelo Governo Federal e foi anunciado pelo ministro Ricardo Barros

Em visita ao estado, Barros informou que o dinheiro será dividido para obras, compra de equipamentos, custeio de atendimentos básicos, de média e alta complexidade. Ao todo, 13 municípios receberão o dinheiro: Macapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari, Itaubal, Mazagão, Oiapoque, Porto Grande, Pracuuba, Santana, Tartarugalzinho e Vitória do Jari.

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