sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Veja como evitar que o Aedes aegypti se desenvolva na sua piscina

As piscinas são potenciais criadouros do Aedes aegypti e, por isso, exigem atenção dos moradores. Entre as orientações estão o uso do cloro, mais tradicional, mas também de outras alternativas, como água sanitária e peixes (em piscinas desativadas), para não transformar o espaço em foco de mosquito.

O assessor técnico da Célula de Vigilância Ambiental, Nélio Morais, orienta que o tempo de renovação do cloro depende do tipo utilizado. "A piscina, naturalmente, independente da circunstância, estando com morador presente ou não, ela tem que ser clorada sistematicamente. Essa cloração, quando com cloro em pó, tradicional para manutenção, dura de 3 a 4 dias apenas. No quarto dia, com a incidência solar, a degradação do cloro acontece".

Além do cloro em pó, há também a forma em pastilha. "Essa pode durar de 6 a 8 dias, e, gradativamente, o cloro vai sendo deliberado. E quantas pastilhas usar? Na própria embalagem vai dizer pra quantos litros, assim como o cloro em pó, na relação gramas por litro", explica.

O assessor técnico chama atenção para outras opções. "Não tendo cloro, tem disponibilidade da água sanitária. Assim como o cloro normal, tem tempo curto de efeito. Tem que ter atribuição e obrigação de renovar. E pode utilizar outros mecanismos, como telas de segurança para não penetração do mosquito. Ou ainda esvaziar e colocar areia, quando estiver sem uso", alerta.

Há, ainda, a alternativa de uso de peixes. "A gente usa para piscinas desativadas. Como o peixe beta, que pode ser encontrado em feira; peixe tricogaster, lebiste. Mas tem que escolher e usar apenas de uma espécie, senão vão competir. Ele vai consumir larvas e resíduos orgânicos".

Fiscalização
O CETV 1ª edição exibiu nesta sexta-feira (20) uma denúncia de um morador do Bairro José Walter, mostrando a situação das piscinas do antigo CSU do bairro. O espaço público, antes usado para o lazer da comunidade, atualmente está abandonado, aguardando reforma por parte da prefeitura - prevista para ocorrer até o fim deste ano. Nas imagens, é possível ver que as piscinas estão acumulando água e podem ter virado criadouros do mosquito.

Se perto da sua casa tem imóveis com piscina, em que você desconfia da manutenção, da limpeza, o ideal é denunciar.

"Cada regional tem uma ouvidoria, que recebe a reclamação e encaminha para os distritos técnicos de endemias. Você também pode discar para o distrito técnico de endemias, que no prazo de 48h você será atendido. Já os processos são diferentes. Quando você liga pra ouvidoria, demanda um tempo do processo ser encaminhado, e torna esse prazo mais longo", explica o coordenador do Controle Vetorial de Fortaleza, Carlos Alberto Barbosa.

O aposentado Valdemar Lima Ribeiro e a professora Cilene Dantas moram no Pio XII e receberam a visita dos agentes de endemia. Diante de todos os cuidados levados pela família, na casa deles, nenhum foco do mosquito foi encontrado.

"A nossa preocupação maior é porque nós temos criança, e nenhuma ainda teve dengue, pela preocupação", explica Cilene.

"O que acontece é que as pessoas que tem piscina em casa imaginam que é absurdamente caro um tratamento de piscina, mas não. É falta de informação. Os produtos não são tão caros, o tratamento é mais caro quando você terceiriza. No meu caso, eu mesmo trato a piscina, então o gasto de água é pequeno, porque é controlado, como também os produtos. Não tem desculpa, é questão de boa vontade e informação", afirma Valdemar.

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