Câmara de Uberlândia (Foto: G1)
Um grupo de servidores da Educação composto por cerca de 30 pessoas continua ocupando o plenário da Câmara Municipal de Uberlândia. Devido a isso, a sessão ordinária desta terça-feira (14) foi transferida para uma sala interna do Legislativo. Integrantes do movimento informaram ao G1 que a vigilância proibiu a entrada de novos servidores no plenário e está permitida apenas a saída dos que estão manifestando.
A ocupação foi iniciada ontem por volta das 11h em reivindicação ao pagamento do salário atrasado de dezembro de 2016, o depósito do tíquete alimentação - atrasado desde julho do ano passado, e repasses inflacionários. Os servidores ficaram em vigília durante a noite, dizendo que só saem após previsão de pagamento dos salários referentes a dezembro.
A Prefeitura de Uberlândia, por meio da assessoria de comunicação, informou que continua trabalhando intensamente para verificar as alternativas possíveis e legais para pagar as dívidas salariais de dezembro de 2016, sem prejudicar a população com os serviços públicos essenciais, como saúde, educação e as áreas sociais. Além dos cálculos para tentar equacionar os débitos, a Administração tem mantido constante diálogo com o funcionalismo para demonstrar a situação financeira caótica deixada pela gestão anterior e reforçar a preocupação e as ações feitas para retomar a normalidade no fluxo de pagamentos dos servidores.
Em relação à transferência da sessão, o G1 entrou em contato com o presidente da Câmara, Alexandre Nogueira, e foi informado pela assessoria do vereador que não havia condições de realizar a sessão aberta no plenário por causa da quantidade de colchões que estão no local.
Uma professora da rede municipal que optou por não se identificar é uma das servidoras que participam da mobilização desde o início. Segundo ela, o grupo só vai sair do plenário após negociação com o prefeito Odelmo Leão ou sob liminar de reintegração de posse. “Tivemos vigília noturna, recebemos muito donativos e a nossa pauta é resistir até que saia uma data. Se não tem data, não tem negociação”, disse.
Ainda segundo a servidora, a vigilância do Legislativo proibiu a entrada de novos servidores no plenário. Outros servidores que tentaram entrar no prédio também reclamaram que, em alguns momentos, foi utilizada a força física para impedir a entrada.
A assessoria de Alexandre Nogueira disse que não há nenhuma autorização para fazer uso da força bruta contra os manifestantes e que os trabalhos de vigilância são feitos apenas no sentido de conter excessos e tumultos. Ainda não foi discutida a possibilidade de recorrer ao Judiciário para tentar desocupar a Casa.
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