quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Crianças estudam em escola feita de barro e sem banheiro no Piauí

Crianças estudam em escola feita de barro, teto de palha e sem banheiro (Foto: Áurea Madruga/Arquivo Pessoal)Crianças estudam em escola feita de barro e teto de palha (Foto: Áurea Madruga/Arquivo Pessoal)

Paredes feitas de barro e madeira, cobertura de palha, sem banheiros, sem fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água. Esta é a realidade de quatro escolas municipais na Zona rural da cidade de Porto, no Norte do Piauí. A situação precária do ensino está sendo denunciada pela promotora de justiça Áurea Emília.

A promotora realizou três visitas as unidades de ensino e ficou perplexa com a estrutura das instituições.“Fui verificar as condições de ensino antes do período letivo começar e não gostei do que encontrei: escolas feitas de barro, o teto de palha, sem água e energia e nem banheiro. As crianças fazem as necessidades fisiológicas ao ar livre e a água que bebem os professores trazem de casa e colocam no filtro de barro. Isso não é estrutura para atender crianças”, declarou.

Promotora denuncia descaso com educação na cidade de Porto (Foto: Áurea Madruga/Arquivo Pessoal)Promotora denuncia descaso com educação na cidade de Porto (Foto: Áurea Madruga/Arquivo Pessoal)

Após as visitas, a promotora afirmou que vai acionar as instituições responsáveis para saber de quem é a responsabilidade pelo descaso encontrado, já que alguns pais denunciaram que a escola funciona daquela forma há quase 15 anos.As visitas aconteceram com a presença de um conselheiro tutelar, um representante do município e conselheiro do Fundeb.

Crianças estudam em escola feita sem teto no Piauí (Foto: Áurea Madruga)Crianças estudam em escola feita sem teto
no Piauí (Foto: Áurea Madruga

“Vou convocar uma audiência com o representante da prefeitura de Porto, conselheiros tutelares e pais para juntos encontramos uma alternativa visando melhora a qualidade do ensino ofertada aos estudantes destas comunidades.Temos que saber de quem é a responsabilidade por tamanho descaso”, disse.

Áurea Emília explicou que não pode pedir a interdição das escolas porque isso prejudicaria muito o período letivo das crianças.

“Não podemos ser levianos e pedir ao juiz o fechamento das escolas porque isso vai  ser prejudicial aos estudantes. Além disso, temos que saber primeiro de que forma se dará a transferência destes estudantes, para onde e como vão. Mesmo com toda situação é necessário cautela”, finalizou.

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