Servidores municipais de várias secretarias de Uberlândia, fazem desde terça-feira (7), protestos por causa da falta de pagamento do salário de dezembro, pagamento do restante do 13°, férias e acerto no caso de contratados. Entre os manifestantes, estão professores que iriam iniciar o ano letivo, mas paralisaram as atividades como forma de protesto.
Em nota, nesta quinta-feira (9), a Secretaria Municipal de Educação informou, que das 121 escolas municipais, 79 estão funcionando normalmente, 18 apenas parcialmente e 24 estão paradas.
Escolas municipais aderem ao movimento
sobre paralisação (Foto: Mário Brandani/G1)
O ano letivo nas em 121 escolas municipais iniciou na terça-feira (7). Contudo, em algumas unidades, como na Escola Municipal Afrânio Rodrigues da Cunha, os professores aderiram à paralisação e não houve aula neste dia. Um cartaz foi colocado em frente ao portão da escola avisando que não haveria aula em nenhum dos turnos pelo não pagamento de dezembro.
A Escola Municipal Professora Gláucia Santos Monteiro, no Bairro Lagoinha, aderiu parcialmente à paralisação e recebeu alunos mesmo com poucos servidores trabalhando na terça-feira. Entre os profissionais da escola que aderiram ao movimento estavam a auxiliar de serviços gerais, Sirlei Soares, que trabalha há sete anos no Município e se emocionou ao relatar a situação ao G1.
“Nossa situação é muito crítica porque recebemos uma miséria de salário e é impossível sobreviver com apenas R$ 900 por 60 ou 90 dias. Nós temos contas para pagar, ajudamos colegas com cesta básica porque estavam passando fome e eu tive que abandonar a faculdade porque não tenho dinheiro e cabeça para estudar", contou.
Reunião Odelmo Leão
Na última terça-feira, uma comissão de servidores municipais e de vereadores se reuniu com o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, para falar sobre a situação financeira do município, após uma manifestação em frente ao Centro Administrativo.
Segundo nota enviada pela assessoria de comunicação da Prefeitura, durante o encontro, Odelmo Leão esclareceu que a arrecadação em janeiro não é suficiente para que ocorra o acerto de até três folhas de pagamento ao mesmo tempo. Ele também reiterou o total empenho em buscar soluções financeiras para o pagamento dos salários de dezembro, que não foi feito pela gestão anterior.
Ainda segundo a nota, o chefe do Executivo reforçou a busca incessante de soluções para equacionar as pendências geradas pelo déficit financeiro nas contas públicas para o início do exercício fiscal de 2017.
Ainda na reunião, Odelmo Leão pediu compreensão aos servidores e um prazo maior para encontrar uma resolução definitiva para a situação deixada pela administração anterior e que segundo ele, afeta o fluxo de pagamento dos salários.
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