quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Maternidade afasta médico e abre sindicância após mulher achar 'tampão'

Maternidade Dona Evangelina Rosa (Foto: Catarina Costa/G1)Maternidade Dona Evangelina Rosa vai investigar procedimento (Foto: Catarina Costa/G1)

A direção da maternidade Dona Evangelina Rosa abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu durante o parto de Thamara Macêdo, a mulher ficou 20 dias com um "tampão" no corpo (um tecido utilizado para estancar sangramentos pós-parto). Além disso, a direção da unidade de saúde afastou o médico responsável pela equipe até que seja concluída uma sindicância para apurar os fatos.

A assessoria de imprensa da unidade de saúde informou ao G1  que a medida é para dar mais transparência às investigações e que o resultado do levantamento será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina e para Secretaria Estadual de Saúde.

A educadora física Thamara Macêdo fez um parto cesárea na Maternidade Dona Evangelina Rosa e dias depois começou a se sentir mal, sentir dores e exalar um mau cheiro. Com a piora do seu estado de saúde, a família procurou atendimento médico no Hospital do Buenos Aires e lá uma médica retirou um pedaço de tecido do canal vaginal da mulher.

O caso foi denunciado pelo ex-jogador de futebol Erivaldo Veloso, esposo da Thamara, que usou seu perfil no Facebook para expor a situação. "Ela estava sentindo muita dor e não conseguia urinar. Já tinham se passado 20 dias desde o nascimento do nosso filho e ela não melhorava. Levei ela ao Hospital do Buenos Aires e quando a ginecologista foi examinar, achou o tampão do tamanho de uma fralda dentro dela. Minha mulher chorou muito com a situação, foi humilhante”, contou.

Após cesariana, ginecologista encontra tampão de pano dentro de mulher (Foto: Reprodução/Facebook)Após cesariana, ginecologista encontra tampão de pano dentro de mulher (Foto: Reprodução/Facebook)

A família da vítima registrou um boletim de ocorrência no 13º Distrito Policial. Caio Jordan da Costa Lima, advogado da família, afirmou que está juntando toda a documentação referente ao caso para tomar as medidas legais. O defensor não quis adiantar para o G1 se a família vai denunciar o caso tanto na esfera criminal, quanto cível. "Apenas após o carnaval vamos ter certeza de qual caminho vamos tomar", disse.

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