armados com revólveres (Foto: Jorge Abreu/G1)
Em menos de duas semanas no Amapá, a Polícia Militar (PM) registrou quatro tentativas de roubo que terminaram com assaltantes fazendo pessoas reféns nas cidades de Macapá e Santana. O número é considerado alto pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mas a instituição destaca a atuação da PM no gerenciamento de crise, evitando que vítimas e suspeitos fossem feridos.
"Tem o lado negativo que é a proliferação desses crimes, mas tem o lado positivo que é a demonstração da polícia, a segurança pública, estarem eficientes, e chegando em cima do acontecimento. O bandido faz a vítima de refém, e a gente tem chegado e atuado com 100% de sucesso na resolução do problema", pontuou Ericláudio Alencar, titular da Sejusp
Os crimes ocorreram entre 27 de janeiro e 8 de fevereiro, sempre com uso de armas de fogo. O caso mais recente aconteceu na tarde de quarta-feira (8), quando dois jovens - de 18 e 22 anos - invadiram uma casa no bairro Congós, na Zona Sul de Macapá, e fizeram uma família refém. A dupla estava fugindo da polícia após cometer um roubo e se escondeu na residência.
invadir UBS (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
No domingo (5), um jovem de 19 anos manteve clientes e funcionários de um mercantil reféns por duas horas. A ocorrência foi em Santana, a 17 quilômetros de Macapá. O suspeito invadiu o local após trocar tiros com a polícia, e se entregou após negociação com homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O comparsa dele foi morto durante o tiroteio.
Até um posto de saúde foi vítima de um assaltante, que em 3 de fevereiro manteve duas mulheres e duas crianças reféns na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Congós, na Zona Sul de Macapá. Segundo a Polícia Militar (PM), ele entrou no prédio enquanto fugia de outros três roubos praticados momentos antes.
O primeiro registro de assalto com refém no período aconteceu em 27 de janeiro em uma casa no bairro Jardim Marco Zero, também na Zona Sul da capital. Um jovem e um adolescente invadiram o local e ameaçaram uma família exigindo dinheiro, celulares e joias. Eles se entregaram após três horas de negociação. Um dos suspeitos chegou a transmitir ao vivo o crime pelo Facebook.
Com o alto índice de ocorrências, a Sejusp investiga a origem das armas usadas nos assaltos, que seriam roubadas de vigilantes. A pasta crê ainda que existe um "aluguel" de revólveres para que os suspeitos realizem os crimes em bairros da capital e municípios do interior.
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