quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Polícia começa a ouvir depoimentos da morte de delegado da PF em AL

A delegada da Polícia Civil de Alagoas, Teíla Nogueira, começou a ouvir, nesta quinta-feira (2), depoimentos sobre a morte do delegado da Polícia Federal (PF), Milton Omena, que foi assassinado pelo neto durante uma discussão no dia 27 de janeiro deste ano.

Durante os depoimentos, familiares do delegado Milton Omena chegaram acompanhados pelo advogado de defesa de Milton Omena Neto, que confessou o crime, mas alegou legítima defesa.

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Dona Maria do Carmo, ex-esposa do delegado Milton Omena, não quis gravar entrevista, mas disse que iria relatar o relacionamento conflituoso e as agressões que sofreu durante os 47 anos de casamento com o delegado. Ela já havia dito isso numa entrevista coletiva, na segunda-feira (30).

Débora, irmã de Milton Omena Neto, que está preso pela morte do avô, e o pai dela também estiveram na delegacia, mas não quiseram falar com a imprensa. A delegada responsável disse que ainda não pode adiantar nada.

Um dos advogados da família reforçou a tese de que Milton Omena Neto agiu em legítima defesa. Além disso, ele apresenta outros motivos para que o suspeito pela morte do avô responda em liberdade.

“Ele não apresenta qualquer requisito para ser mantido preso. A defesa acredita que por ele ter bom antecedentes, ser réu primário e ter residência fixa; além de nunca ter se envolvido em ilícitos, ele jamais voltará em liberdade a se envolver em outros crimes", expõe o advogado Ronald Pinheiro.

Investigação
A defesa também contesta o laudo apresentado pela perícia com o resultado de que Márcia Rodrigues teria se matado. Para o advogado ainda é preciso analisar o exame residuográfico, que não foi entregue.

“O fato de ter ocorrido 4 disparos, a pólvora deveria estar latente no corpo e nas roupas de Márcia. Como ainda não há o exame residuográfico, a defesa vai aguardar esse resultado”, acrescenta Pinheiro.

Os delegados que investigaram o caso da jornalista Márcia Rodrigues já concluíram o inquérito e devem apresentar o relatório à Justiça na próxima segunda-feira (6).

Depois dessa etapa, a família pode solicitar uma nova perícia, mas para isso os advogados de defesa precisam apresentar o pedido ao Ministério Público, procedimento que já foi feito segundo eles.

“Sabemos que a exumação é algo doloroso para família, mas a verdade precisa ser esclarecida e uma nova perícia técnica foi solicitada”, completa Pinheiro.

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