A Polícia Civil em Uberlândia segue em busca dos criminosos que agrediram o vendedor Divino Aparecido, que foi espancado no último mês e está internado em estado grave. Apesar de a família acreditar que o ato pode ter sido por homofobia, a delegada responsável pelo caso, Daniela Novaes Santana, aponta outra linha de investigação.
Segundo ela, o fato pode ter sido uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). O rapaz estava no trabalho e, no fim do expediente, saiu da loja e não foi mais visto. Por volta das 2h, ele chegou em casa, no Bairro Saraiva, com lesões na cabeça. Ele foi levado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) inconsciente.
“Ele teve alguns pertences roubados, como celular, carteira e uma mochila. Depois, os documentos foram encontrados em uma rua no Bairro Lagoinha. Por isso acreditamos em tentativa de latrocínio”, explicou a delegada. Ainda segundo ela, ninguém foi preso, mas todas medidas judiciais e policiais foram tomadas.
O crime foi registrado na madrugada do dia 19 de janeiro e, duas semanas depois, familiares ainda não tiveram nenhuma informação sobre o que pode ter acontecido. Natália Melazzo é prima da vítima e disse que nenhum amigo ou conhecido falou se encontrou Divino depois do expediente, no dia do crime.
“Nós não sabemos o que pode ter acontecido, no início acreditávamos em homofobia, mas agora também pensamos em tentativa de roubo, não temos nenhuma pista. Ele é uma pessoa boa, não tem inimigos, muito brincalhona. Agora esperando para saber o que realmente aconteceu” desabafou.
Em relação ao estado de saúde de Divino, Natália informou que ele está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em coma, e respira com ajuda de aparelhos. “O cérebro dele está muito inchado, não tem como fazer cirurgia. Semana passada ele apresentou melhoras, teve algumas reações. Agora estamos aguardando outros exames. A melhora só depende dele e temos muita fé. Estamos todos em oração”, disse.
Na página do Facebook de Divino Aparecido, familiares publicam informações sobre o estado de saúde do vendedor e os amigos deixam mensagens de apoio.
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