Prefeitura decreta situação de emergência em distrito de Macapá

Unidade de saúde antiga foi desocupada após risco de desabar (Foto: John Pacheco/G1)

A prefeitura de Macapá informou na noite desta quinta-feira (9), que foi decretada situação de emergência no Arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros da capital. Mais cedo, o Município havia comunicado a possibilidade de confirmação do decreto.

A localidade, desde dezembro de 2016, vem sofrendo com o fenômeno das terras caídas, em que a força do rio provoca a erosão de áreas ribeirinhas. Nos últimos anos, desde que iniciou o problema, quase 200 casas foram destruídas e, atualmente, 40 correm risco de desabar.

O decreto de emergência é uma das condicionantes para que a capital receba ajuda financeira e operacional do Ministério da Integração Nacional. O prefeito da capital, Clécio Luís, viaja na madrugada desta sexta-feira para encontrar com o ministro Hélder Barbalho, em Brasília, para apresentação do decreto.

Erosão de áreas ribeirinhas acontece há anos
(Foto: Mariana Bouza Chaubet/GTA)

Em março de 2015, o executivo decretou emergência na região após a Defesa Civil condenar 38 casas em 8 comunidades.

A possibilidade da ajuda federal aconteceu após uma reunião entre o ministro e os senadores pelo Amapá, Davi Alcolumbre (DEM) e Randolfe Rodrigues (Rede). A erosão causada pela cheia do rio Amazonas está destruindo casas e passarelas construídas às margens do rio. Os prejuízos também se estenderam às redes elétrica e de água da região.

Estudo
O Instituto de Pesquisas do Amapá (Iepa) produziu um novo relatório sobre a erosão na região, constatando que o fenômeno ocorre com a força da maré sobre as margens, atingindo o arquipélago. O levantamento iniciado em abril de 2016 apontou que parte do problema é ocasionado pelo desmatamento da vegetação próximo às margens do rio.

Outro motivo para a erosão são as mudanças ambientais na foz do rio Araguari, que alteraram a hidrodinâmica no rio Amazonas e afetam diretamente o Bailique.

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