A população de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, ao norte do Amapá, teme um novo surto de dengue e até mesmo de zika no município. Em uma semana, três casos de suspeita de dengue hemorrágica foram confirmados no Hospital do Oiapoque, e um dos pacientes morreu. Moradores com os mesmos sintomas também estão sendo investigados.
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
A prefeitura de Oiapoque informou, em entrevista ao Jornal do Amapá, da Rede Amazônica, que vai reforçar o combate ao mosquito transmissor Aedes aegypti. Segundo a reportagem, a vítima, que teria dengue hemorrágica foi o universitário Helber Roma, que chegou a ser transferido para Macapá, mas não resistiu e faleceu devido o estágio da doença.
Para o médico Alexandre dos Anjos, que atua no hospital de Oiapoque, os doentes, entre eles um menino de 11 anos, haviam se automedicado com remédios, que agravaram os sintomas.
“O que tinha de comum entre esses casos era que o paciente fazia uso de medicações que, em caso suspeito de dengue, não devem ser usados, como, por exemplo, a aspirina. Por isso, uma grande possibilidade de evoluir de dengue para um quadro mais grave que é a dengue hemorrágica. A gente orienta a população que, em caso de suspeita de dengue, somente fazer uso de dipirona ou de paracetamol”, indicou dos Anjos.
fizeram automedicação e de forma errada
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Além dos três casos confirmados, outros moradores lotam o hospital com sintomas da dengue e da zika. O número de pessoas doentes aumenta neste período chuvoso e já é aguardado pelo hospital.
A Secretaria Municipal de Saúde de Oiapoque informou que um projeto, aprovado pelo conselho de saúde, prevê uma mobilização de combate ao mosquito Aedes aegypti. O Município aguarda o apoio de outros órgãos.
“Estamos implantando nosso plano municipal de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti. Apresentamos ao conselho no dia 22 de fevereiro e foi aprovado, então estamos no momento de convidar as demais instituições para que juntos possamos ir à campo e realmente combater esse mosquito que nos traz tanto mal”, disse o secretário de Saúde de Oiapoque, Roberto Bernardes.
Além das doenças provocadas pelo mosquito, os funcionários e pacientes do hospital também convivem com outros problemas como as máquinas de raio x e ultrassonografia que estão com defeito. O prédio não teria vigilante e está com infiltrações, como a sala dos médicos. As descargas dos banheiros também não funcionariam.
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