sexta-feira, 17 de março de 2017

Macapá tem cerca de 400 pessoas vivendo em ruas e praças, diz Câmara

Roupas, agasalhos, doações, OAB, Anjos da Vida, ONG, moradores de rua, Amapá, Macapá, (Foto: ONG Anjos da Vida/Divulgação)Discussão levantou pontos para aumentar auxílio a
moradores (Foto: ONG Anjos da Vida/Divulgação)

A assistência e a oferta de serviços de saúde e sociais a moradores de rua foram assuntos de uma audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (17) na Câmara de Vereadores de Macapá. Números da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa apontam que mais de mais de 400 pessoas vivem nessa condição na capital, dormindo em ruas e praças. Somente três parlamentares estavam no plenário durante a audiência.

Órgãos da prefeitura, Conselho Tutelar, entidades sociais e representantes dos moradores defenderam a "humanidade" no atendimento e criticaram o retardo na aplicação das políticas públicas. Morador de rua há mais de uma década, Patrick Hernanes, de 25 anos, relata que a negligência resulta na incidência da violência e do uso de drogas e bebidas alcoólicas. 

"O morador de rua precisa de uma assistência. Essa é uma questão que nem precisa se pensar, porque é um ser humano, nem precisa se discutir, porque é notória essa decadência e isso não pode ficar invisível aos olhos do Poder Público. Não é triste passar por aí e ver pessoas na esquina bebendo e fumando?", questionou Patrick, que preferiu não ter a imagem revelada.

Audiência pública na Câmara de Vereadores de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Audiência pública na Câmara de Vereadores de Macapá nesta sexta-feira (17) (Foto: John Pacheco/G1)

Entre as discussões na audiência, houve a proposta da criação de uma casa de passagem aos moradores, que segundo o vereador Caetano Bentes, presidente da CDH, resolveria apenas em parte os problemas. A quantidade de 400 pessoas em situação de rua é considerada alta por ele.

Vereador Caetano Bentes, presidente da Comissão de Direitos Humanos (Foto: John Pacheco/G1)Vereador Caetano Bentes, presidente da Comissão
de Direitos Humanos (Foto: John Pacheco/G1)

O parlamentar detalha que ocorre três diferenças entre os moradores: usuários de drogas, pessoas com descontrole mental, e moradores de outras cidades que vem à capital em busca de serviços e dormem nas ruas durante a espera.

"A proposta da casa de passagem é para atender um desses setores, essas pessoas que vêm da região ribeirinha, das ilhas do Pará e que vem em busca de um serviço e dormem nas ruas e nas praças. Isso vai ajudar um dos segmentos, e precisamos ajudar a todos. A gente possa começar a discutir os tópicos e arrumar soluções para os moradores de rua", completou.

A prefeitura de Macapá informou na audiência que atua em duas frentes para garantir o apoio necessário, com atendimentos fixos e móveis. O Centro POP, na Zona Norte, tem 57 pessoas em situação de rua cadastrados, que recebem diariamente alimentação, diagnóstico médico, atendimento social e encaminhamento para cursos de capacitação.

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