Até julho, mais de R$ 16 milhões devem ser sacados das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em Vilhena (RO), no Cone Sul, conforme a Caixa Econômica Federal. Contudo, a Polícia Militar (PM) alerta os trabalhadores para não serem roubados ou caírem em golpes, após os saques. Na quinta-feira (16), uma mulher perdeu R$ 5,2 mil no golpe da recompensa, quando tinha acabado de sacar parte do FGTS inativo.
Os trabalhadores fazem fila na agência da cidade em busca do dinheiro e também de informações acerca do benefício. O subcomandante do 3º Batalhão da PM, capitão Diego Batista Carvalho, explica que os infratores aproveitam este período de maior movimentação na agência para praticar roubos e golpes.
"A recomendação é que as pessoas não façam comentários sobre a quantidade que irá receber; que observem as pessoas no entorno e evitem manusear o valor que foi sacado em público", adverte o capitão.
Carvalho ressalta que as pessoas com dificuldades de usarem os caixas eletrônicos não devem aceitar ajuda de pessoas estranhas e, sim, buscar apoio dos funcionários da agência. Em caso de serem abordados por alguém que não conhecem, os trabalhadores devem ficar desconfiados. "O recomendado é não dar atenção a essas pessoas. Se a situação ficar constrangedora, procure os vigilantes do banco ou acionem a PM", ressalta.
Sobre o golpe da recompensa, aplicado na mulher, o capitão explica que os infratores costumam ter boa capacidade de expressão para convencimento das vítimas.
"É um golpe antigo. Normalmente, as pessoas que aplicam este tipo de golpe tem uma boa lábia e, muitas vezes, conseguem ludibriar até as pessoas mais esclarecidas. Se desconfiar de algo, procure os agentes de segurança do banco e comunique o fato, que eles irão acionar a PM", enfatiza.
O 3º BPM informou que intensificou o monitoramento nas imediações da Caixa Econômica por causa dos saques do FGTS.
Golpe da recompensa
A mulher de 54 anos contou à Polícia Civil que o golpe ocorreu após ela sacar a quantia de R$ 5,2 mil e ir até a gerência do banco. Nesse momento, um homem deixou cair uma carteira porta cédulas próximo aos seus pés e seguiu até uma mesa de atendimento. Ele estava acompanhado de outro suspeito.
A mulher pegou a carteira no chão e devolveu ao homem. Ele agradeceu e disse que iria gratificar a vítima com R$ 100 pela honestidade. A mulher argumentou não ser preciso, pois era seu dever devolver a carteira.
Em seguida, o homem disse ser advogado e que era seu dever recompensá-la. Ele então a convidou para sair da agência bancária e ir até o escritório para lhe dar a gratificação. Chegando do outro lado da rua, o suspeito entregou um pacote à mulher, supostamente com dinheiro, e pediu para segurar a bolsa dela, enquanto fosse ao escritório.
A vítima pegou o pacote e entregou sua bolsa ao suspeito, que afirmava ser honesto. A mulher relatou que ainda saiu para receber a gratificação e conhecer os donos do suposto escritório, e percebeu que havia algo errado. Quando retornou ao local, não encontrou mais o infrator. Além do dinheiro, na bolsa havia documentos pessoais, carteira e a chave de um carro.
O maço de dinheiro que estava no pacote era de cédulas falsas preenchido com papel. O caso está investigado pela Polícia Civil, mas os suspeitos ainda não foram identificados. A gerência da Caixa, em Vilhena, informou que está aguardando a apuração dos fatos, mas ressaltou que conta com quatro vigilantes internos, além da parceria firmada com as polícias Militar e Federal para fiscalização externa.
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