terça-feira, 21 de março de 2017

Presa quadrilha suspeita de desviar dinheiro de rede de eletrodomésticos

Suspeitos foram apresentado na Seccional Sul (Foto: Ive Rylo/G1 AM)Sete suspeitos de fraude em loja foram apresentados à imprensa junto a outros presos em Manaus (Foto: Ive Rylo/G1 AM)

Seis homens e uma mulher foram presos pela polícia, suspeitos de desviar parte do faturamento de uma loja de móveis e eletrodomésticos, no Centro de Manaus. A quadrilha  composta por vendedores e um gerente foi detida nesta segunda-feira (20), durante operação "O Poderoso Chefão". A estimativa é que o prejuízo da filial que pertence a uma rede nacional, varie entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão.

A prisão temporário de 5 dias atendeu mandado expedido pelo juiz da 1ª vara criminal, Luiz Alberto Nascimento Albuquerque, na sexta-feira (17). Entre os suspeitos estão, o gerente Julio Monteiro Ribeiro, de 52 anos; e os vendedores Caio Roberto Azevedo da Silva, 23 anos; Danilo Almeida de Carvalho, 25 anos; Jonatas Tavares da Silva, 35 anos; João Paulo Estevam Caldas, 35 anos; Julles André Lima de Moura, 44 anos; Themes Souza da Silva, 49 anos.

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As investigações foram iniciadas em agosto de 2016, por equipes da 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) com a 1ª Seccional Sul. De acordo com o delegado do 24º Dip, Aldeney Goes, o grupo emitia notas fiscais com valor alterado e dividia a diferença do valor pago nas mercadorias pelos clientes.

“Os funcionários bolaram uma maneira de ganhar dinheiro. Quando o cliente realizava a compra, o vendedor o encaminhava ao caixa, com um comprovante não fiscal. No caixa, ele realizava o pagamento e não era emitida a nota fiscal de imediato. Quando o cliente saia da loja, eles emitiam a nota dando um desconto que o gerente poderia autorizar. Por exemplo, um cliente comprava um produto de R$ 1mil, esse produto sofria desconto de 20%, e entrava para o caixa da empresa, apenas o valor com desconto. O restante que sobrava era dividido entre o gerente e os vendedores”, disse o delegado Aldeney Goes.

A margem de desconto retirada após o pagamento do cliente variava entre 20% a 40%. “Com isso, havia lesão causada tanto ao cliente que deixava de ganhar o desconto oferecido a ele, quanto para a arrecadação estadual e o prejuízo à própria empresa”, disse o delegado.

Os investigadores acreditam que o grupo agia há cerca de um ano. A estimativa é que tenham sido desviados até R$ 1 milhão da loja. Ainda não foi recuperado nenhuma quantia. "Acreditamos que o gerente comandava. Houve um prejuízo grande ano passado e isso pode ser um dos fatores que levou a empresa a se retirar do Amazonas, levando a demissão de diversas pessoas", apontou Goes.

Em depoimento para a polícia, os suspeitos informaram que reduziam o valor da venda em nota, para poder – com a diferença – pagar o transporte das mercadorias até a casa do cliente, uma vez que a empresa não dispunha deste serviço.

“Eles disseram, em defesa, que faziam isso em prol de ajudar os clientes e não para obter vantagem. Segundo eles, a empresa não dava transporte [da mercadoria até a casa do cliente] e eles faziam esse desconto, escondiam esse dinheiro da empresa para ajudar o cliente a pagar o transporte da mercadoria. É no mínimo enganoso, porque já esta fazendo uma nota fiscal com o valor menor do produto. Eles disseram que os clientes tinham ciência disso”, explicou o delegado.

Para a imprensa, os suspeitos informaram que não têm envolvimento com desvio de faturamento da loja. "Não tenho envolvimento com isso e vamos provar nossa inocência", disse Júlio Monteiro.

O grupo foi indiciado pior furto qualificado e associação criminosa. Após serem ouvidos, eles permanecerão nas celas do 24º DIP.

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