Show Viva Belchior ocorre durante o evento Maloca Dragão, na madrugada desta segunda-feira, na Praia de Iracema.
Um grupo de artistas cearenses realiza um show em homenagem ao cantor e compositor Belchior na madrugada deste domingo (30). Marcado para iniciar às 0h30, o show ”Viva Belchior – Tributo dos artistas cearenses ao rapaz latino-americano” será realizado no evento Maloca Dragão, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema, em Fortaleza. O show tem participações confirmadas de artistas como Rodger Rogério, Daniel Groove, Nayra Costa, Soledad, Mona Gadelha, Fernando Catatau e Cláudio Mendes.
O artista morreu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Nascido em 26 de outubro de 1946, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes foi um dos ícones da música popular no Brasil, com quase 40 anos de carreira.
Teve o primeiro sucesso nos anos 70 ao lado do também cearense Fagner, com a faixa "Mucuripe". Com o disco "Alucinação" (1976), lançou clássicos como as faixas "Apenas um rapaz latino-americano", "Velha roupa colorida" e "Como nossos pais", essa última que se tornou conhecida na voz da cantora Elis Regina.
O corpo do cantor foi retirado da casa por volta das 14h30 e deve seguir para o Instituto Médico-Legal de Cachoeira do Sul, cidade cerca de 100 km distante de Santa Cruz do Sul, onde ele morava. O traslado do corpo será feito pelo Governo do Ceará, que aguarda liberação das autoridades gaúchas.
De acordo com amigos, o artista vivia há quatro anos no município localizado na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Há um ano e meio ele morava na casa onde morreu, com a esposa Edna. A residência foi cedida a ele por um amigo.
Trajetória
Na infância no Ceará, Belchior estudou piano e música coral e trabalhou no rádio em sua cidade natal. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Mudou-se em 1962 para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades. Também chegou a estudar Medicina, mas abandonou o curso em 1971 para se dedicar à música.
Começou apresentando-se em festivais pelo Nordeste. Fez parte do chamado Pessoal do Ceará, que inclui artistas como Fagner, Ednardo, Rodger e Cirino. Depois do sucesso de "Mucuripe", mudou-se para São Paulo, onde compôs trilhas sonoras para filmes e passou a fazer shows maiores e aparições em programas de televisão.
Em 1974, lançou seu primeiro disco, "A palo seco", cuja música título se tornou sucesso nacional e ganhou versões ao longo da história, como a de Oswaldo Montenegro e da banda Los Hermanos.
Outros artistas também regravaram sucessos de Belchior, entre eles Roberto Carlos ("Mucuripe"), Erasmo Carlos ("Paralelas"), Engenheiros do Hawaii ("Alucinação"), Wanderléa ("Paralelas") e Jair Rodrigues ("Galos, noites e quintais"). Elis Regina foi uma de suas maiores intérpretes: além de "Como nossos pais", gravou "Mucuripe", "Apenas um rapaz latino-americano" e "Velha roupa colorida".
Em 1982, o cantor lançou "Paraíso", que tem participações dos àquela época ainda jovens artistas Guilherme Arantes, Ednardo Nunes, Jorge Mautner e Arnaldo Antunes. Fundou sua própria gravadora e produtora, a Paraíso Discos, em 1983. Ao longo da carreira, Belchior teve mais de 20 discos lançados.
Também gravou composições outros artistas, como "Romaria", de Renato Teixeira. No disco "Vício elegante", de 1996, canta apenas músicas de colegas, entre elas "Almanaque", de Chico Buarque, "Esquadros", de Adriana Calcanhoto, e "O nome da cidade", de Caetano Veloso.
MAIS DO G1
Cantor morreu como um senhor latino-americano, bem distante de sua Sobral natal.
Trânsito está fechado em viaduto do Centro de BH; times se enfrentam na final do campeonato estadual.
Prisão domiciliar inclui 9 medidas cautelares, entre elas a entrega de passaporte.
Presidente afirmou que 'contestações' às reformas trabalhista e da Previdência são 'típicas da democracia'.
Doria disse que vai cobrar prejuízos de sindicatos.
0 comentários:
Postar um comentário