Outros envolvidos serão ouvidos nesta sexta-feira (28); vítima vai passar por exame de corpo de delito. Juiz-forano foi agredido com bombas e objetos.
De acordo com Rolli, nesta quinta, a vítima foi ouvida por cerca de quatro horas, mas ainda é preciso esclarecer as informações apuradas até agora, pois o suspeito identificado pode ter problemas mentais e também porque a vítima contou diversas versões do fato desde que começaram as investigações.
"O depoimento prestado por ele ao delegado Vitor Fiuza, da 6ª Delegacia, e o depoimento de hoje são distintos, completamente contraditórios. Então, precisamos tomar cuidado com as oitivas, estamos tentando realmente fazer com que esse jovem nos traga uma veracidade nos depoimentos, para apurar e descobrir a autoria deste crime", explicou Rolli.
O delegado também contou que a vítima reconheceu o primeiro suspeito do crime. "O jovem já teve um relacionamento com o tio do suspeito que, insatisfeito com a sexualidade dele, passou a agredí-lo verbalmente. Não satisfeito com essas agressões verbais, passou também para as físicas", disse.
Um exame de corpo de delito também será feito em uma unidade hospitalar.
O caso ocorreu no dia 12 de abril, mas só foi registrado no dia 18. O documento qualifica o ataque como lesão corporal e cita homofobia como causa presumida. No entanto, diante das evidências das agressões, foi constatado que o crime seria uma tentativa de homicídio.
De acordo com o Registro de Evento de Defesa Social (Reds), o jovem contou que transitava pela Avenida Sete de Setembro, perto da Igreja de São José, quando o ataque ocorreu. Ele não conseguiu ver os rostos dos agressores porque todos estavam de toca e capuz.
Todos carregavam tacos de madeira, pedaços de cano e artefatos semelhantes a um coquetel molotov, além de bombas de fabricação caseira.
A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Juiz de Fora e o Movimento Gay de Minas (MGM) estão acompanhando o caso.
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