Estimativa foi feita com base em informações da prefeitura, informou o juiz João Bosco. Obra foi iniciada há 16 anos; prédio fica na Zona Norte de Macapá.
Uma inspeção realizada nesta quarta-feira (26) no prédio do Hospital Metropolitano de Macapá apontou que as depredações da obra, que iniciou em 2001, somam aproximadamente R$ 1,5 milhão, informou o juiz João Bosco, da 2ª Vara Federal do Amapá. Segundo o magistrado, a estimativa foi feita com base em informações da prefeitura.
Acompanhado de representantes das secretarias de Saúde do estado e do município, o juiz visitou a obra e constatou que diversas partes da construção foram depredadas e tiveram equipamentos roubados, como por exemplo, máquinas de dois elevadores que foram instalados no prédio.
"Foi constatado que existem depredações que somam aproximadamente R$ 1,5 milhão, segundo estimativa feita pelo município. Inclusive as máquinas dos dois elevadores do prédio foram furtadas. Por isso fizemos um requerimento para que a segurança fixa seja instalada na obra, pois atualmente só existe em caráter de ronda", informou o juiz.
"O objetivo da inspeção é viabilizar o termo de cooperação entre estado e prefeitura para concluir esta obra, e que o prazo de encerramento seja de dois anos", completou João Bosco.
No dia 20 de abril, o subsecretário de Saúde de Macapá, Eldren Lage, informou que o município manifestou não ter condições de manter o hospital funcionando, mas garantiu que a conclusão do prédio será realizada. O governo do Amapá informou que ainda não definiu qual será a responsabilidade da gestão.
A discussão sobre a transferência da gerência da construção do hospital surgiu em 2015, durante uma reunião entre os gestores e o MP. Em agosto do referido ano, foi realizada uma segunda reunião entre técnicos e autoridades, para identificar condições financeiras do governo para assumir a obra da prefeitura.
O prédio precisa de um total de R$ 14 milhões para ser concluído. Desse valor, R$ 6 milhões estão em conta. Para que o hospital funcione, são necessários cerca de R$ 5 milhões por mês, quase R$ 50 milhões por ano, ressaltou a prefeitura de Macapá. O restante do valor deve ser garantido com auxílio de recursos federais.
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