domingo, 2 de abril de 2017

Mapeamento aponta obras de contenção prioritárias em Juiz de Fora

Obra de contenção na Rua Maria Florice no Bairro Três Moinhos em Juiz de Fora (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)Uma das obras em andamento, na Rua Maria Florice (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)

Atualmente, quatro obras de contenção são construídas em três bairros de Juiz de Fora. Os locais estão entre os mais de 700 que são considerados de risco, conforme levantamento da Subsecretaria de Defesa Civil da cidade.

As equipes da Prefeitura atuam nas ruas Maria Florice e José de Castro Ribeiro, no Bairro Três Moinhos; no trecho entre as ruas José Inácio Trindade e Trinta e Um de Maio, no Bairro Ladeira e na Rua Natalino José de Paula, no Bairro Jardim da Lua. Todas as obras estão associadas à drenagem e, de acordoc om a engenheira fiscal da Secretaria de Obras (SO), Bruna Rocha, fazem parte de um convênio firmado em 2011.

"Este convênio foi resultado do mapeamento feito em 2008. Nossa expectativa é concluir até junho. Juiz de Fora será a primeira cidade a finalizar este acordo, obtido junto ao Ministério das Cidades, que liberou R$ 16 milhões e contemplou um pacote de 12 obras. O objetivo é dar estabilidade e segurança ao terreno e áreas próximas, para que os moradores não fiquem em risco", explicou.

Com os recursos, já foram feitas intervenções nos bairros Borboleta, Vila Fortaleza, Parque Guarani, Santa Cruz, Santa Tereza, JK, Grajaú e Três Moinhos. "A definição das prioridades foi feita pela Defesa Civil. Com os recursos liberados, a gente divide em lotes de obras que vão sendo licitados, iniciados e finalizados. As empresas responsáveis são fiscalizadas, aferimos o que foi feito para encaminhar para a Caixa Econômica Federal, que também confere e só então libera o recurso repassado", disse.

Obra de contenção no Bairro Santa Tereza em Juiz de Fora (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)Obra no Bairro Santa Tereza foi em região onde 17 casas tiveram que ser demolidas após o aparecimento de trincas e desabamentos em 2008 (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)

Ainda de acordo com a engenheira da SO, com a atualização do levantamento em 2010, a Prefeitura firmou um novo convênio com o Ministério da Cidades, que liberou mais R$ 40 milhões para 40 projetos. Até agora, R$ 10 milhões para um total de dez projetos já foram empenhados. Para seis obras, as empresas já estão licitadas e aguardam ordem de execução conjunta para iniciar os trabalhos.

"Três nos bairros Nossa Senhora de Lourdes, São Geraldo e Granjas Bethânia já foram finalizadas e temos outra no Bairro Jardim da Lua em andamento. Ainda neste primeiro semestre, mais seis obras estão orçadas em R$ 6 milhões e serão iniciadas nos bairros Linhares, Jardim Natal, Carlos Chagas, Santa Rita, além de duas intervenções que vão dar sequência aos trabalhos já realizados no Bairro Nossa Senhora de Lourdes", detalhou.

Trabalho constante e multidisciplinar
O mapeamento das áreas de risco é atualizado constantemente pela Defesa Civil. Até o final de 2016, a subsecretaria levantou mais de 700 na área urbana de Juiz de Fora. "Temos 66 onde existe risco de inundação e alagamento, 19 barramentos de água ou de rejeitos. Todos são monitorados e possuem plano de ação para caso de desastre, tanto na Defesa Civil como no Corpo de Bombeiros", contou o gerente do Departamento de Operação Técnica da Defesa Civil, Walter de Melo.

Obra de contenção no Bairro Nossa Senhora de Lourdes em Juiz de Fora (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)Além desta, mais duas obras estão previstas no Bairro Nossa Senhora de Lourdes (Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Arquivo)

Segundo ele, assim que as prioridades são elencadas, as demandas são encaminhadas para a SO. "Realizamos as indicações para estabilização ou a solução dos problemas, a Obras elabora os projetos, que são realizadas à medida que recursos são liberados. Depois, nós catalogamos a mudança de status nos locais e quantas famílias foram beneficiadas", afirmou.

Melo lembrou que o último período chuvoso, que começou em setembro de 2016 e terminou em março de 2017, registrou um acidente de gravidade: a morte de mãe e filho em dezembro, no Bairro São Mateus. "Foi uma ocorrência causada pela queda da árvore que estava no barranco e atingiu a casa. O local permanece em monitoramento. Outras situações que ocorreram, não foram tão graves", ressaltou.

Em outra frente de trabalho, o gerente destacou que a Defesa Civil orienta os moradores em visitas técnicas. "Muitos problemas são agravados pelas intervenções humanas, seja com uma obra feita sem a devida orientação ou o pelo descarte de diferentes tipos de materiais, que obstruem a rede de captação. O mapeamento nos indica as prioridades, mas precisamos desta ação multidisciplinar, que inclui vertentes educativa e preventiva para reduzir a possibilidade de desastre", concluiu.

saiba mais

0 comentários:

Postar um comentário