Produção de grãos no sul do Maranhão está em alta, mas a falta de chuvas e os preços baixos da na região estão desanimando os agricultores.
Agricultores do sul do Maranhão começaram a colher a primeira das duas safras de milho que estão previstas para esse ano. A expectativa é de uma grande produção, mas a falta de chuvas e os preços baixos na região estão desagradando os agricultores.
A colheita acontece duas vezes ao ano. Uma em janeiro, que já está no ponto de colheita e a segunda, chamada de “safrinha”, que foi semeada logo depois e ainda está em fase de crescimento. Na região de Balsas, a 810 km de São Luís, foram cultivados 80 mil hectares de milho da primeira safra e mais de 200 mil hectares de milho da safrinha.
No ano passado, a saca de 60 quilos de milho chegou a R$ 48 reais, e apesar da boa expectativa de preço, os agricultores não tinham o grão para vender por conta da estiagem, que derrubou a produção pela metade. Este ano, a situação é inversa. Com muito milho disponível para a venda, o preço da saca caiu para R$ 28 reais esta semana. Com a queda do preço, muitos agricultores da região estão guardando suas produções para esperar a valorização da saca. O problema é que nem todos têm estrutura de armazenamento e com isso, acabam perdendo suas produções.
Para o agricultor Antídio Sandri, que plantou 1000 hectares na primeira safra a produtividade é excelente, mas diz que por conta do preço em baixa, o lucro deve diminuir. “No ano passado nós colhemos menos e o preço deste ano está mais de R$ 20 reais. Só em compensação, a produção está em torno de 150 sacos que é uma média muito boa por aqui. Graças a Deus nossa parte nós fizemos, e no ano passado só faltou a chuva e a colheita não foi boa mas esse ano, ainda bem que deu pra colher”, conta.
Sandri afirma que outros mil hectares de milho da safrinha foram plantados na fazenda, mas a falta de chuvas no mês de abril e agora na primeira semana de maio, devem reduzir a produtividade. “Teve umas previsões que esse ano nos íamos ter chuva até meados de maio, mas na verdade está o contrário. Esse mês de abril teve pouca chuva e já comprometeu muito a safrinha e se não chover daqui para frente vamos perder muita produção na nossa região”, finalizou.
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