quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ex-detento que carregou cruz de SP a RO por 'justiça' diz que vai queimar objeto em cima de ponte

Pedreiro iniciou viagem em São Paulo e pretende encerrá-la em Rondônia. Homem contou com ajuda de motoristas que os escoltaram pela Avenida Jorge Teixeira em Porto Velho.

Paulo Cícero pretende queimar cruz sobre a ponte do Rio Madeira em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)Paulo Cícero pretende queimar cruz sobre a ponte do Rio Madeira em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)

Paulo Cícero pretende queimar cruz sobre a ponte do Rio Madeira em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)

O pedreiro que está percorrendo o Brasil a pé com uma cruz de 40 quilos nas costas afirmou, nesta quarta-feira (31), que vai queimar o objeto de madeira sobre a ponte do Rio Madeira, em Porto Velho. O ex-detento chegou na cidade nesta quarta..

A viagem de Paulo começou em Atibaia (SP), depois que foi condenado a 16 anos de prisão por um homicídio em Brasília (DF). Como alega inocência, o pedreiro decidiu carregar a cruz de SP até Goiânia e depois até Rondônia.

"Eu precisei vir de São Paulo para Rondônia para entender tudo que aconteceu comigo. Agora quero ir até ponte sobre o Rio Madeira, onde vou queimar minha cruz e encerrar essa viagem", explicou Paulo.

Paulo Cícero já passou por Ji-Paraná e caminhou com ajuda de motoristas que o escoltaram em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)Paulo Cícero já passou por Ji-Paraná e caminhou com ajuda de motoristas que o escoltaram em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)

Paulo Cícero já passou por Ji-Paraná e caminhou com ajuda de motoristas que o escoltaram em Porto Velho (Foto: Hosana Morais/G1)

Mesmo sem conhecer ninguém em Porto Velho, o andarilho contou com a ajuda de algumas pessoas para escoltá-lo caminhando pela Avenida Jorge Teixeira, nesta esta quarta (31).

Em 16 de maio, Paulo esteve em Ji-Paraná e, de lá pra cá, seguiu a pé até Porto Velho onde, pretende queimar a cruz que contém fotos de diversas pessoas.

Depois de queimar a cruz, ainda sem hora marcada, o pedreiro pretende voltar pra casa.

"Disseram para eu pedir ajuda dos vereadores da cidade. Depois disso eu quero encontrar minha esposa e meus filhos e ter uma vida tranquila uma casa para morar, pois até já paguei por um crime que não cometi", finaliza Paulo.

Na cruz em que Paulo carrega é possível ver fotos que foram coladas, segundo ele foram colcoadas por familiares das pessoas (Foto: Hosana Morais/G1)Na cruz em que Paulo carrega é possível ver fotos que foram coladas, segundo ele foram colcoadas por familiares das pessoas (Foto: Hosana Morais/G1)

Na cruz em que Paulo carrega é possível ver fotos que foram coladas, segundo ele foram colcoadas por familiares das pessoas (Foto: Hosana Morais/G1)

História
Paulo disse que foi casado e teve quatro filhos e oito netos, mas saiu de casa após uma discussão com a esposa e foi tentar trabalho em Atibaia (SP), onde morava. Em 1993, sem emprego, ele contou que ficou muito tempo morando nas ruas e que, por vezes, furtava galinhas.

"Eu confesso que eu sempre pegava umas galinhas e tinha uma faca para depenar elas. Eu dei o azar de passar no local do homícidio quando ele aconteceu, depois que tinha furtado duas galinhas. E também estava com a faca que eu usava", relatou.

Segundo o pedreiro, um policial o prendeu acreditando que ele era o autor do crime, mesmo ele negando a autoria. O caso foi julgado e Paulo acabou condenado pelo homicídio, passando 16 anos na cadeia.

Segundo ele, seus filhos se afastaram dele depois da condenação. Somente a mãe, Maria José de Lima, de 84 anos, e os irmãos mantiveram contato e acreditaram na sua inocência.

Ex-apenado diz que vai quemar cruz em cima de ponte (Foto: Renata Silva/Arquivo pessoal)Ex-apenado diz que vai quemar cruz em cima de ponte (Foto: Renata Silva/Arquivo pessoal)

Ex-apenado diz que vai quemar cruz em cima de ponte (Foto: Renata Silva/Arquivo pessoal)

Paulo lembra que, na prisão, temia que as pessoas soubessem do que ele havia sido acusado. "Eu tinha medo que as pessoas me olhassem pensando que eu sou um monstro. Eu não sou esse cara", desabafou.

Após sair da cadeia, em 2009, ele voltou ao local do crime e procurou o marido da vítima para tentar provar sua inocência. “Conversei com ele várias vezes e sei que não foi ele que me acusou”, disse.

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