quinta-feira, 1 de junho de 2017

Curta metragem produzido e gravado em Divinópolis participa de festival em SP

Curadoria do evento vai avaliar os melhores trabalhos depois do dia 31 de julho.

O curta-metragem Carona, produzido e lançado em Divinópolis em outubro de 2016 pelo cineasta Alisson Resende, está representando a cidade no “Festival do Minuto”, em São Paulo (SP). O concurso foi criado em 1991 para sintetizar as produções feitas por profissionais e amadores.

Com um vídeo de um minuto, que resgata as melhores cenas do curta, o Carona está participando de duas categorias do festival: "Trajetos Urbanos" e "Tema Livre". O vídeo passou por uma avaliação inicial e agora vaiser analisado pela curadoria, que vai averiguar som, imagem, narrativa e ideia de todas as produções enviadas. Depois do dia 31 de julho, os melhores trabalhos vão receber o Troféu Minuto.

O curta
O curta foi produzido por pessoas da cidade e com recursos próprios de R$ 50. De acordo com Resende, a produção é um romance contemporâneo, baseado nas caronas oferecidas pelas redes sociais e que o tema partiu de uma experiência dele em compartilhar viagens. Contudo, o curta acontece em um roteiro de ficção e a carona a que ele se refere não é uma qualquer uma. O motorista se apaixona por uma das caroneiras e o resultado é um amor não correspondido.

Todas as cenas foram gravadas em Divinópolis e o cineasta disse que, apesar do trabalho delicado, tudo ficou pronto em 10 horas e contou com apoio de amigos. "O tema do curta surgiu justamente porque eu já utilizei esse método de caronas compartilhadas. E do nada eu pensei: por que não escrever um roteiro sobre algo tão coletivo e real? Toda equipe é formada por amigos de longa data. A maioria amantes do cinema. São amigos da época da faculdade, de profissão e da vida", destacou.

A jornalista Isabella Marques fez parte do projeto e, mesmo com experiência em filmagens de casamentos e aniversários, contou que o convite foi um desafio. "Fiquei muito feliz, percebi que esta poderia ser uma ótima oportunidade de experimentar. De certa forma, todos os meus trabalhos envolvem mostrar ao mundo um pedaço da realidade, seja ela qual for. Seja escrevendo textos institucionais no trabalho, seja gravando vídeos sociais, casamentos, aniversários, seja compartilhando por meio do meu blog o que penso e o que gosto", disse.

Valorização do cinema
Adriano Reis é cinéfilo, editor de vídeo e já produziu um documentário. Ele afirmou que sempre apoia e se orgulha de produções feitas na cidade. "Sou cinéfilo e admiro muito todas as produções independentes como esta. Tenho certeza que a equipe fez um trabalho maravilhoso e sempre com muita garra e dedicação, às vezes utilizando recursos próprios, como no caso deste curta. Outra particularidade é que o curta é realizado por pessoas da cidade, amigos que acabam exercendo várias funções. É com certeza uma forma de aprendizado para toda equipe", destacou.

Isabela compartilha da opnião do editor quanto à valorização do cinema local com equipe da cidade e reforça o envolvimento de todos. "Participar desta produção abriu meus olhos para outras possibilidades do trabalho audiovisual que, até então, eu não estava acostumada. Principalmente porque foi um projeto colaborativo. Gastamos pouco e trabalhamos com o que tínhamos a mão. Todos os seis que participaram da produção se envolveram ao máximo, fazendo o possível para que o curta-metragem pudesse ser realizado", completou.

Sobre pretenções futuras, o cineasta destacou que o cinema para ele ainda é uma paixão e que grande parte de sua vida é dedicada à sétma arte, por isso, ele busca reconhecimento na área."Sou publicitário e tenho formação livre em cinema pela Academia Internacional de Cinema do Rio. Atualmente trabalho com assessoria e futuramente pretendo ganhar reconhecimento com o cinema. Dinheiro é uma consequência. Amo o cinema e qualquer reconhecimento é um mérito", concluiu.

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