Ele matou ex-companheira e filho dela em dezembro de 2014. Cabe recurso em segunda instância. G1 aguarda retorno da defesa do condenado.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o homem foi condenado a 18 anos pela morte do adolescente e outros 17 anos pela morte da ex-companheira. A sentença aponta que ele cometeu o duplo homicídio por motivo torpe, fútil e usando recursos que dificultaram ou impossibilitaram que as vítimas se defendessem. No caso relativo ao adolescente, também foi considerado que o homem o matou para impedir que outro crime, a morte da ex-companheira, não fosse descoberta.
Cabe recurso em segunda instância, em Belo Horizonte. O homem está preso e não terá direito de recorrer em liberdade, segundo o TJMG.
Segundo a sentença de pronúncia, no dia 9 de dezembro de 2014, o homem foi até a casa das vítimas para matar a ex-companheira, inconformado com o fim do relacionamento entre ambos. Ele estava com uma faca do tipo de açougue e entrou no imóvel ao constatar que os filhos menores da mulher já tinham saído para a creche.
Nas alegações, o Ministério Público (MP) destacou que a mulher ainda tentou dialogar com o homem, mas foi atacada e ferida com golpes de faca, morrendo no local. O adolescente foi morto porque pediu que o homem parasse de atacar a mãe.
O MP informou também que, ao perceber as vítimas caídas ao solo, o homem ainda cortou a garganta de ambos para certificar-se de que estavam mortas. O homem fugiu, mas foi capturado dois dias depois do crime.
A sentença destacou ainda que a Justiça indeferiu pedido de instauração do incidente de insanidade mental do réu. A defesa pediu a absolvição do homem no caso relativo ao adolescente por legítima defesa e que fosse julgado somente quanto a morte da mulher.
No entanto, a juíza Mônica Barbosa do Santos não aceitou a alegação sobre a morte do adolescente e decidiu que ele iria a julgamento pelo homicídio de mãe e filho.
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