quinta-feira, 1 de junho de 2017

Últimos policiais presos por chacina em Fortaleza deixam presídio e vão a júri popular

Prisão era mantida durante fase de depoimentos para evitar intimidação das testemunhas, de acordo com a Justiça.

Dezessete policiais militares que estavam presos acusados de participação na chacina da Messejana, que resultou em 11 assassinatos em Fortaleza em 2015, deixaram nesta quinta-feira (1º) as celas onde estavam detidos preventivamente. No total, 11 policiais foram presos. A Justiça decidiu que 33 policiais vão à júri popular. Durante a fase de depoimento das testemunhas, não foram apontadas provas contra 11 deles.

De acordo com a Justiça, os policiais estavam mantidos presos para evitar intimidação dos familiares das vítimas e de sobreviventes ou tentativa de atrapalhar as investigações durante a etapa em que as autoridades ouviam os depoimentos.

Os acusados serão julgados pelos crimes de homicídio por omissão imprópria (em relação a 11 vítimas mortas) e tentativa de homicídio por omissão imprópria (em relação às três vítimas sobreviventes). Os acusados, deverão também responder por tortura física em relação a outras três vítimas e tortura psicológica em relação a uma.

A chacina se refere aos assassinatos ocorridos em novembro de 2015, no bairro Messejana, em Fortaleza. Ao todo, 11 pessoas foram mortas e sete vítimas de crimes distintos. A denúncia foi oferecida pelo MPCE contra 45 policiais militares. Logo que o edital de formação do Colegiado foi publicado, a denúncia foi recebida em relação a 44 deles e em seguida decretada a prisão preventiva dos envolvidos.

Considerada a maior da história do Ceará, a chamada chacina de Messejana teria sido uma vingança pela morte do soldado da Polícia Militar Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto. Os homicídios foram registrados em um intervalo de aproximadamente quatro horas, em ruas dos bairros Curió, Alagadiço Novo e São Miguel, na Grande Messejana.

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