O curso de Licenciatura Intercultural Indígena, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), concedeu diploma de ensino superior a 41 índios de cinco tribos de Oiapoque, município a 590 quilômetros de Macapá. Os graduandos agora poderão lecionar sobre as caracteríticas dos próprios povos e a relação com as transformações do ambiente.
Os indígenas são das tribos Galibi-Marworno, Karipuna, Palikur, Waiãpi e Apalai. As aulas aconteceram no campus binacional da Unifap em Oiapoque. A formatura ocorreu entre os dias 12 e 18 de julho durante um evento que comemorou os dez anos da implantação do curso.
A graduação é dedicada exclusivamente aos indígenas. Repleta de simbologia, a cerimônia contou com momentos como o canto das mulheres das tribos, que abençoou os formandos. O rito também teve a ampla participação das comunidades da região, além de academicos.
"Essa formatura e esse evento consolidam os 10 anos de um curso que traz a realidade do povo amapaense, em especial de Oiapoque. Formar 41 professores mostra o papel da universidade e consolida o campus binacional como um importante instrumento de formação acadêmica", exalta o pró-reitor de extensão e ações comunitárias da Unifap, Rafael Pontes.
A cerimônia de graduação fez parte da programação do simpósio “Os Indígenas e a Universidade: 10 anos de Lutas, Conquistas e Desafios do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena".
Durante sete dias, discutiu-se a presença dos povos na universidade, tendo como foco a necessidade da ampliação e adaptação das políticas de acesso e permanência dos indígenas aos cursos de graduação e pós-graduação da Unifap.
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