O comerciante suspeito de matar uma jovem de 21 anos na sexta-feira (4), com quem teria um relacionamento extraconjugal, se apresentou na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Juiz de Fora nesta terça-feira (8).
Ele estava acompanhado de advogados e da esposa, que também prestou depoimento. Após quatro horas, todos foram liberados. O caso é investigado como feminicídio. "Estes depoimentos foram extremamente importantes. A gente já traçou varias linhas de investigação e estamos trabalhando todas elas", disse a delegada.
Sem dar mais detalhes para não prejudicar as investigações, Ione Barbosa disse que as apurações estão adiantadas e explicou as próximas providências.
"Já ouvimos seis testemunhas e ainda podemos ouvir outras cinco ou seis. Fizemos o levantamento no local do crime. Aguardamos os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e o resultado da perícia do celular da vítima. Acreditamos que podemos fechar o caso até a próxima semana e dar a resposta que a sociedade espera", disse a delegada.
Esposa do comerciante chamou PM
A jovem de 21 anos foi baleada na noite de sexta-feira (4), dentro da mercearia que fica em frente à casa onde o suspeito mora com a esposa e a filha, no Bairro Santo Antônio.
Segundo a Polícia Militar (PM), as equipes foram checar uma denúncia de agressão contra uma mulher e encontraram a jovem caída na rua, desacordada e com rosto ensanguentado. A morte foi confirmada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou que a vítima foi baleada no nariz. Após os trabalhos da perícia, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Granbery.
Quem chamou a PM foi a esposa do comerciante. Ela contou que estava em casa com a filha quando ouviu um estampido. Em seguida, o marido entrou em casa, contou que havia atirado na jovem, que "sua vida havia acabado no momento" e que fugiria.
A esposa disse que o marido teria um relacionamento extraconjugal com a jovem há alguns anos. Atualmente, ela disse acreditar que eles não estavam mais juntos, mas afirmou que a jovem o estaria chantageando. Consta na ocorrência que dentro da mercearia havia marca de sangue no chão indicava que o corpo foi arrastado por cerca de três metros do local exato do crime.
O irmão da vítima entregou aos policiais o celular da jovem e contou que leu diversas conversas íntimas entre o homem e a irmã, inclusive com registros minutos antes do crime.
O revólver calibre 32 com cinco munições intactas e uma deflagrada foi encontrada sobre um freezer horizontal de cor branca que fica no interior da mercearia. A arma e o celular foram apreendidos e encaminhados à Polícia Civil.
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