Detran identificou novas pessoas que receberam mensagens com indícios de golpe (Foto: Detran/Divulgação)
Pelo menos mais 10 pessoas receberam mensagens pelo telefone com oferta de serviços como a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), liberação de veículos apreendidos e exclusão de multas de trânsito na última semana. O recebimento das mensagens foi informado ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que acredita que a quadrilha presa em maio continua atuando no Amapá.
O diretor do Detran, Inácio Maciel, informou que o golpe tenta ser aplicado da mesma maneira: os criminosos se passam por funcionários da instituição para facilitar os procedimentos, com uso de fotos retiradas da internet e usam as mesmas mensagens.
“Deu uma cessada depois da prisão. Só que nas duas últimas semanas recebemos informações de que pessoas voltaram a receber essas mensagens. Eles dizem que é engano, mas, caso a pessoa tenha interesse em obter o serviço de forma ilegal, contrata. Felizmente nenhuma delas depositou qualquer valor”, falou Maciel.
Entre os serviços disponibilizados pela quadrilha está a liberação de veículos apreendidos (Foto: Jorge Abreu/G1)
De acordo com o Detran, os alvos são escolhidos de forma aleatória. Os casos foram informados à Polícia Civil, que não havia concluído a investigação dos golpes registrados no início do ano.
“Queremos evitar que as pessoas voltem a se tornar vítima desses infratores. As mensagens são as mesmas, a mesma abordagem. As mensagens foram enviadas até mesmo para autoridades como juízes, delegados e promotores”, acrescentou.
Golpes aplicados no início do ano são parecidos com os mais recentes (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Em maio, quatro pessoas foram presas em flagrante, suspeitas de aplicar o golpe com oferta de facilidade em serviços no Detran. A investigação interna da instituição suspeita que há participação de presidiários do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), assim como de servidores.
Os serviços não eram feitos nem mesmo após o pagamento. A investigação, feita a partir dos relatos das vítimas, identificou que a quadrilha pedia quantias que chegavam a R$ 7 mil para serem depositadas em contas bancárias da Caixa Econômica Federal.
Outra forma de pagamento era presencial, que acabou resultando na prisão de uma quadrilha no dia 17 de maio, na Zona Norte de Macapá. Duas pessoas que estavam presas foram liberadas dois dias depois. Elas alegaram inocência em entrevista à Rede Amazônica.
O órgão reforçou que não oferece e não cobra por serviços através de mensagens de WhatsApp e que nenhum pagamento é feito por transferência bancária, somente por boletos.
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