quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Homem finge ser médico e pede até R$ 1,4 mil por exames em pacientes de UTI no AP

Estelionatário trocou mensagens e ligações com as vítimas pedindo depósito referente a exames (Foto: Reprodução/Whatsapp)Estelionatário trocou mensagens e ligações com as vítimas pedindo depósito referente a exames (Foto: Reprodução/Whatsapp)

Estelionatário trocou mensagens e ligações com as vítimas pedindo depósito referente a exames (Foto: Reprodução/Whatsapp)

A Polícia Civil está investigando um crime praticado por estelionatários em Macapá. Um homem da quadrilha liga para familiares de pacientes internados na UTI de um hospital particular da capital, se identifica como médico e pede o pagamento urgente de exames que, se não forem feitos, podem piorar o quadro clínico do paciente. Em um dos casos, uma vítima pagou R$ 1,4 mil ao grupo.

A direção do hospital informou à Rede Amazônica que comunica aos parentes de pacientes internados que não faz cobrança por telefone e que qualquer pagamento deve ser realizado no setor financeiro. A unidade de saúde declarou ainda que orienta toda a equipe a não repassar nenhum tipo de informação sobre pacientes por ligações.

De acordo com o delegado Alan Moutinho, do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI), somente 3 casos foram denunciados à Polícia Civil, mas há informações de que mais pessoas receberam as ligações. A suspeita é que um funcionário do hospital esteja envolvido no esquema.

“Tem alguém que passa para eles a relação de pessoas internadas na UTI e parentes responsáveis por essas pessoas, com nome completo e inclusive telefone. Eles fazem contato via Whatsapp e ligação, usando uma foto falsa de médico, dizendo que precisa fazer com urgência determinado exame, que o plano de saúde não cobre, e pedem um dinheiro por fora para realizá-los”, descreveu Moutinho.

Alan Moutinho, delegado titular do NOI, é responsável pela investigação (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)Alan Moutinho, delegado titular do NOI, é responsável pela investigação (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Alan Moutinho, delegado titular do NOI, é responsável pela investigação (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Uma das vítimas, que não quis ser identificada, informou que foi surpreendida com a ligação da quadrilha logo após visitar a mãe dela, de 83 anos, no sábado (26). Pedindo R$ 1.430 por dois exames, a insistência do estelionatário chamou atenção da família.

“Ele sabia o nome do responsável, o plano de saúde, e falava com propriedade. O hospital fala para não atender esse tipo de ligação, mas na hora é complicado, porque nosso emocional fica abalado. Nosso familiar está na UTI e pode piorar a qualquer momento. Nós já íamos fazer a transferência pelo banco, só que suspeitei da insistência dele. A gente pesquisou pelo laboratório e não existe. Ficamos com medo”, detalhou a vítima.

O NOI já apurou que as ligações são geradas de outro estado para o Amapá, usando chip com código de área local. Também está sendo apurada a possível participação de presos do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) na quadrilha.

A maioria das pessoas que receberam ligações e mensagens não efetuou o pagamento solicitado. Mas Moutinho acredita que outras pessoas tenham sido vítimas do grupo e por isso pede que façam denúncia à Polícia Civil.

*Com informações da Rede Amazônica

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