segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Índices de educação e renda puxam queda do desenvolvimento humano no Amapá

Escola em comunidade rural com salas divididas por tecido (Foto: John Pacheco/G1)Escola em comunidade rural com salas divididas por tecido (Foto: John Pacheco/G1)

Escola em comunidade rural com salas divididas por tecido (Foto: John Pacheco/G1)

Os municípios do Amapá registraram elevação no número de analfabetos em todas as faixas etárias, além de apresentarem queda na renda per capita do cidadão. Esses dois indicadores, renda e educação, contribuiram para a baixa no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que voltou a cair no estado após quatro anos, ficando em 0,719 em 2015.

O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em 2015, no IDHM amapaense somente "longevidade" teve classificação considerada "muito alta", com 0,811; enquanto que educação (0,672) e renda (0,675) foram qualificadas como "médio" desenvolvimento.

Analfabetismo no Amapá aumentou entre adolescentes e adultos (Foto: Lorena Kubota/G1)Analfabetismo no Amapá aumentou entre adolescentes e adultos (Foto: Lorena Kubota/G1)

Analfabetismo no Amapá aumentou entre adolescentes e adultos (Foto: Lorena Kubota/G1)

Educação

Os números de amapaenses analfabetos e atrasados quanto às séries correspondentes subiram em todas as faixas levantadas pelo IDHM, que utiliza informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na faixa dos amapaenses acima dos 15 anos, a taxa de pessoas que não sabem ler nem escrever ficou em 5,89% em 2015, contra 4,22% no ano anterior. Quando contabilizada a quantidade de analfabetos acima de 18 anos, a taxa é de 6,41%, contra 4,58% em 2014.

Amapá tem 102,5 mil pessoas na faixa da pobreza (Foto: Jéssica Alves/G1)Amapá tem 102,5 mil pessoas na faixa da pobreza (Foto: Jéssica Alves/G1)

Amapá tem 102,5 mil pessoas na faixa da pobreza (Foto: Jéssica Alves/G1)

O número de pessoas na faixa da pobreza dobrou em um ano no Amapá, passando de 6,54% para 13,42% da população, entre 2014 e 2015. Ficaram na faixa de pobreza um total de 102,5 mil amapaenses com renda domiciliar per capita inferior a R$ 127,50.

Em 2015 também foi alarmante o número de amapaenses na faixa de pobreza extrema, que dobrou, chegando a 2,75% da população contra 1,15% do ano anterior. São classificados nessa etapa, aqueles com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70.

A renda per capita do amapaense saltou de R$ 483,18 para R$ 630,72 entre 2011 e 2014, porém, afetada pela crise econômica caiu para R$ 532,22 por habitante em 2015.

Expectativa de vida no estado ultrapassa os 73 anos (Foto: John Pacheco/G1)Expectativa de vida no estado ultrapassa os 73 anos (Foto: John Pacheco/G1)

Expectativa de vida no estado ultrapassa os 73 anos (Foto: John Pacheco/G1)

Longevidade

Único indicador que se manteve crescente entre 2011 e 2015, a expectativa de vida média do amapaense está atualmente em 73,66 anos, contra 73,38 de 2014, e 72,47 em 2011.

Radar IDHM

O Radar IDMH é elaborado pelo Ipea em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação João Pinheiro. Ele tem por finalidade atualizar os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano, divulgado a cada dez anos pelo IBGE.

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