quarta-feira, 2 de agosto de 2017

MST fecha BR-343 em protesto por presença de segurança na fazenda de Ciro

MST fecha BR-343 em protesto por presença de segurança na fazenda de Ciro (Foto: Júnior Feitosa/G1)MST fecha BR-343 em protesto por presença de segurança na fazenda de Ciro (Foto: Júnior Feitosa/G1)

MST fecha BR-343 em protesto por presença de segurança na fazenda de Ciro (Foto: Júnior Feitosa/G1)

A BR-343 em Teresina foi interditada nesta quarta-feira (2) durante 1h30 por membros do Movimento Sem Terra (MST), que invadiram a fazenda do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, em Teresina na semana passada. Segundo João Luis Vieira, da direção nacional do MST no Piauí, o grupo realizou a manifestação contra a desocupação da propriedade e a presença de seguranças armados no local. A assesoria do parlamentar informou que ele estava em reunião e iria se posicionar posteriormente.

Segundo os manifestantes, os seguranças chegaram ao local na terça-feira (1º) e, desde então, estão coagindo as famílias mostrando as armas que possuem. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a interdição aconteceu dos dois lados da estrada e iniciou por volta de 9h45 e encerrou às 11h20.

Movimento gerou um congestionamento de 3 quilômetros, segundo PRF (Foto: Júnior Feitosa/G1)Movimento gerou um congestionamento de 3 quilômetros, segundo PRF (Foto: Júnior Feitosa/G1)

Movimento gerou um congestionamento de 3 quilômetros, segundo PRF (Foto: Júnior Feitosa/G1)

A PRF diz que cerca de 80 pessoas participavam do ato, já a organização diz que protesto mobilizou mil pessoas.

“Os seguranças ficam o tempo todo circulando perto do local onde estávamos acampados. Eles mostravam as armas que estão usando, numa forma de nos desafiar e amedrontar, por isso resolvermos fechar a rodovia”, contou João Luis.

O G1 entrou em contato com a coronel Julia Beatriz, Coordenadora de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar , que informou não haver previsão para o cumprimento o mandado judicial. A militar disse ainda que recebeu a denúncia sobre a presença dos seguranças na fazenda e esteve no local para averiguar a situação.

“O dono da terra tem direito para colocar segurança privada. O que nos preocupou foi a questão de haver excessos de ambas as partes e por isso fomos ao local para verificar o que estava acontecendo. E nenhuma confusão ou confronto foi relatado”, contou.

Entenda o caso

Movimento Sem Terra (MST) monta acampamento no local (Foto: Catarina Costa/g1)Movimento Sem Terra (MST) monta acampamento no local (Foto: Catarina Costa/g1)

Movimento Sem Terra (MST) monta acampamento no local (Foto: Catarina Costa/g1)

No dia 25 de julho, cerca de 200 famílias do Movimento Sem Terra (MST) invadiram parte das terras de uma fazenda pertencente à família do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. No mesmo dia, o parlamentar informou apenas que a propriedade pertencia a sua mãe e não tinha conhecimento se alguma ação de reintegração de posse foi impetrada.

Entretanto, o G1 apurou que a fazenda pertence ao parlamentar, inclusive com ação de reintegração de posse expedida pela juíza da 5ª Vara Cível de Teresina, Maria das Neves Ramalho, na quinta-feira (27). Na decisão, a magistrada autoriza o uso da força policial, caso necessário. Ela ainda manda intimar os 'invasores' para responderem a ação no prazo de 15 dias.

A Fazenda Junco de 726,5 hectares fica localizada em Teresina, às margens da BR-316, no povoado Chapadinha Sul. Segundo João Luis Vieira, o grupo reivindica a desapropriação da terra, afirmando que há famílias que necessitam do espaço para trabalhar, já que estariam sem emprego e em situação complicada. A área seria improdutiva, segundo os ocupantes.

Nacionalmente, o MST divulgou nota dizendo que a invasão é parte da jornada de protestos em defesa da reforma agrária, contra o governo Temer e pelo combate à corrupção.

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