Mais de 300 pessoas participaram na manhã deste sábado da 16ª edição da passeata “Quebrando o Silêncio” em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari. Em 2017, o tema do projeto está centrado na luta contra o estupro de mulheres, crianças e adolescentes. A manifestação promovida pela Igreja Adventista iniciou em frente à Feira Municipal, percorreu as Avenidas Tancredo Neves, Jamari e encerrou na Praça da Vitória.
A campanha “Quebrando o Silêncio” acontece anualmente desde 2002 em oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Através de materiais didáticos, fóruns, palestras e debates, o manifesto busca discutir temas relacionados aos abusos sexuais com intuito de prevenir e coibir e para que as pessoas que saibam de casos de estupro, denunciem às autoridades.
De acordo com os organizadores, estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam em 2014 que 30% das mulheres em todo o mundo sofreram algum tipo de violência sexual. Enquanto um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica apontou que 70% das vítimas de crime sexual no Brasil são crianças e adolescentes.
Deste quadro de agressores, os dados apontam que 24% deles são os próprios pais ou padrastos das vítimas e em 32% dos casos são amigos ou conhecidos.
O pastor Márcio Djones aclama pela colaboração da população para que quebrem o silêncio e denunciem os crimes de abuso sexual.
“Saímos às ruas de Ariquemes para dizer a sociedade que nós não podemos compactuar com esta prática e as pessoas devem denunciar os casos em que saibam. É só através da denúncia que podemos libertar as pessoas deste mal terrível que é a violência sexual”, comenta.
Para o diretor da Escola Adventista, o silêncio das pessoas nos casos de violência sexual contribui com a impunidade, pois enquanto as pessoas se calam, os agressores continuarão impunes.
“Realmente o objetivo do projeto é quebrar o silêncio das pessoas, porque esse crime tem que haver um fim, então nós transmitindo aqui que não devemos ser coniventes em hipótese alguma com os abusos sexuais”, relata.
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