sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Porto Velho já registrou 564 casos de malária em 2017, segundo Semusa

Lago ao redor de casas do Bairro Novo é considerado como criadouro de mosquitos, segundo Semusa (Foto: Hosana Morais/G1)Lago ao redor de casas do Bairro Novo é considerado como criadouro de mosquitos, segundo Semusa (Foto: Hosana Morais/G1)

Lago ao redor de casas do Bairro Novo é considerado como criadouro de mosquitos, segundo Semusa (Foto: Hosana Morais/G1)

De janeiro até o dia 15 de agosto já foram registrados 564 casos de malária em Porto Velho. De acordo com a Secretária Municipal de Saúde (Semusa), o bairro mais afetado pela doença na capital é o Bairro Novo, localizado em uma área que está passando por urbanização. Com um lago próximo, o local se tornou um criadouro do mosquito transmissor.

De acordo com a Gestora do Núcleo de Diagnóstico em Malária da Semusa, Maria do Socorro, na terça (15) foram notificados 11 casos só desse bairro. "Entre junho até agosto é que os casos começam a emergir devido a seca, as pessoas começaram a procurar a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul e Leste e também o Centro de Medicina Tropical em Rondônia (Cemetron) e a maioria são do Bairro Novo", relata.

A gestora afirma que o combate começou no início do mês, já que o criadouro foi descoberto. "Na quarta (16), o fumacê esteve no bairro durante a noite e a madrugada, o objetivo é matar as larvas. Estamos trabalhando desde o início do mês devido a grande demanda. Descobrimos que os lagos em volta do Bairro Novo são os criadouros dos mosquitos", disse Maria.

A professora de Língua Portuguesa, Juliana Oliveira, teve dois casos na família, a prima e o filho, ela mora no Bairro Novo. "Minha prima foi a primeira a ficar doente, foi medicada por três dias e liberada com diagnostico de enxaqueca. Só depois é que ela fez o teste pra malária que deu positivo, e pôde ser tratada. Alguns dias depois meu filho teve os mesmos sintomas e fomos para o Cemetron e ao fazer o exame, deu positivo. Agora usamos repelente em casa, tenho medo do meu outro filho ser contaminado", contou Juliana.

Semusa tem passado fumacê no Bairro Novo de madrugada e durante a manhã (Foto: Semusa/Divulgação)Semusa tem passado fumacê no Bairro Novo de madrugada e durante a manhã (Foto: Semusa/Divulgação)

Semusa tem passado fumacê no Bairro Novo de madrugada e durante a manhã (Foto: Semusa/Divulgação)

Para conscientizar a população, a Semusa tem distribuído panfletos explicando sobre a transmissão da doença, locais de possíveis criadouros e demais informações. "Aconselhamos as pessoas a usarem repelente, fechar as portas e janelas a partir das 17h, usar cortinados, telas nas janelas, evitar ficar nas pracinhas dos bairros até tarde, para evitar ser infectado pelo mosquito transmissor", explica Socorro.

Dados
Do dia 1° de janeiro ao dia 15 de agosto foram registrados 564 testes positivos para malária. Na Zona Peri Urbana os maiores casos são no Bairro Novo, com 71 casos e na Bacia Leiteira com 92, na Zona Rural os distritos de Jaci-Paraná, Nova Mutum e o assentamento Santa Rita e regiões adjacentes já registraram 172 casos, somente este ano.

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