terça-feira, 1 de agosto de 2017

TJ nega recurso e Marcelo Barberena vai a júri popular pelo assassinato da mulher e filha

Marcelo Barberena é acusado de matar a mulher e a filha (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Marcelo Barberena é acusado de matar a mulher e a filha (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Marcelo Barberena é acusado de matar a mulher e a filha (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) negou, por unanimidade, recurso da defesa de Marcelo Barberena e determinou a remessa dos autos do processo para o juiz Wyrllenson Flávio Barbosa Soares, titular da Comarca de Paracuru, que já havia decidido que o réu deverá ser levado a Júri Popular. Os desembargadores Francisco Carneiro Lima e Mauro Liberato acompanharam o voto do relator, desembargador Mário Teofilo.

O gaúcho Marcelo Barberena Moraes é acusado de matar a tiros a mulher Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, de 39 anos, e a filha Jade Pessoa de Carvalho, de oito meses, no dia 24 de agosto de 2015, em uma casa de veraneio em Paracuru, distante 87 quilômetros de Fortaleza.

Em 20 de outubro de 2016, o juiz Wyrllenson Flávio Barbosa Soares, titular da comarca do município, proferiu a sentença de pronúncia contra o réu.

Marcelo Barberena responde por duplo homicídio qualificado e posse irregular de arma de fogo. As qualificadoras são motivos torpes e fúteis, recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas, e feminicídio.

Para o advogado Leandro Vasques, que representa a família das vítimas, "a versão do réu, ao negar a autoria, é fantasiosa, construída em solo movediço, além de ser pinoquiana. A família enlutada agora aguarda que o processo seja agilizado para que o Júri ocorra nesse ano, considerando que os recursos que a defesa poderá manejar não têm efeitos suspensivo”, afirma.

Adriana Pessoa Moraes foi assassinada pelo marido, junto com a filha, em Paracuru (Foto: Arquivo Pessoal)Adriana Pessoa Moraes foi assassinada pelo marido, junto com a filha, em Paracuru (Foto: Arquivo Pessoal)

Adriana Pessoa Moraes foi assassinada pelo marido, junto com a filha, em Paracuru (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará, o acusado efetuou disparos contra a mulher, que chorava debruçada no travesseiro, e contra a filha, que estava dormindo. A mãe foi atingida na cabeça, e o bebê foi baleado nas costas. Duas famílias, a das vítimas e a do irmão de Marcelo, passavam o fim de semana na casa onde ocorreram os crimes. O casal discutia devido a dificuldades financeiras e desinteresse de Marcelo por uma proposta de emprego.

Investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluíram que o homem matou a mulher e, para simular que havia ocorrido um assalto, atirou também na filha. Ambas, sem nenhuma chance de defesa. Marcelo Barberena foi preso horas após o crime, e indiciado na Justiça por duplo homicídio triplamente qualificado: além de feminicídio, motivo fútil e sem chance de defesa às vítimas.

Confissão e voltando atrás

Marcelo Barberena chegou a confessar a autoria do crime, mas no depoimento mas em 3 de agosto de 2016, ele voltou a negar ser autor dos homicídios. O advogado de defesa, Nestor Santiago, disse que vai pedir uma medida cautelar não prisional, para que Barberena possa esperar julgamento em liberdade com tornozeleira eletrônica.

A defesa alegou que o exame de balística não é válido, que as balas que mataram a mulher e a criança não são da arma do advogado e que não houve perícia de arrombamento. Em depoimento, Marcelo diz que não ouviu os tiros. Já o advogado de acusação, Leandro Vasques, rebateu que houve perícia e que não houve arrombamento.

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