segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ataque a Fórum de Santana pode estar ligado a facções criminosas no AP, diz MP

Ministério Público investiga caso junto com as polícias Civil, Militar e Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)Ministério Público investiga caso junto com as polícias Civil, Militar e Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Ministério Público investiga caso junto com as polícias Civil, Militar e Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Os disparos de arma de fogo contra a guarita do Fórum de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, no dia 9 de setembro, podem estar ligados a duas facções criminosas que se instalaram no Amapá, de acordo com o Ministério Público do Estado, que investiga o caso junto com as polícias Civil, Militar e Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Policiais militares que estavam fazendo a vigilância na guarita foram alvos dos disparos. Nenhum deles ficou ferido, mas uma mulher que passava de carro pelo local foi baleada na perna. Na noite de domingo (17), o suspeito do ataque Nonato de Souza Oliveira, de 20 anos morreu após um confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no município de Laranjal do Jari.

Um outro suspeito, Rogério dos Santos Penha, de 18 anos, também morreu em confronto com militares, no dia 11 de setembro, no bairro conhecido como Baixada do Ambrósio, em Santana. Um revólver calibre 38, drogas e balança de precisão foram encontrados com ele.

O MP explica que uma operação integrada ocorreu em Laranjal do Jari, onde dois suspeitos do ataque foram presos. As investigações apontam que quatro integrantes das facções fizeram disparos contra a guarita do fórum.

Guarita de Fórum em Santana, no Amapá, foi alvo de disparos de arma de fogo (Foto: Albenir Sousa/Rede Amazônica)Guarita de Fórum em Santana, no Amapá, foi alvo de disparos de arma de fogo (Foto: Albenir Sousa/Rede Amazônica)

Guarita de Fórum em Santana, no Amapá, foi alvo de disparos de arma de fogo (Foto: Albenir Sousa/Rede Amazônica)

Segundo a promotora Andrea Guedes, uma das facções é de abrangência nacional e outra é local. Esta última teria sido organizada recentemente. Ela completa que o objetivo das facções é intimidar a atuações dos órgãos que atuam no combate ao crime organizado.

“O PCC [Primeiro Comando da Capital] criou uma ramificação no Amapá e a outra facção é a Família Terror, que nasceu no estado. Eles querem intimidar o judiciário, a polícia e o Ministério Público, no sentido de mostrar que eles estão no comando, destacou.

Andrea reforçou ainda que "as ameaças são reais e os cuidados devem ser redobrados, no sentido que todo o agente que trabalhe com segurança pública tenha maior cuidado com sua integridade física”.

O secretário de Segurança Pública, Ericlaudio Alencar, diz que as investigações identificaram suspeitos dessas facções envolvidos em diversos crimes, como tráfico de drogas e roubo a bancos. Ele reforça que medidas de segurança estão sendo tomadas.

“Eles estão tentando se instalar no Amapá, mas temos conseguido cortar os meios para que isso ocorra. Eles têm um código de máfia que estamos identificando. É importante que a população não entre em pânico, pois estamos trabalhando para que esses criminosos não se instalem em definitivo no estado”, reforçou Alencar.

Suspeito Nonato de Souza Oliveira morreu após confronto com o Bope em Laranjal do Jari (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)Suspeito Nonato de Souza Oliveira morreu após confronto com o Bope em Laranjal do Jari (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Suspeito Nonato de Souza Oliveira morreu após confronto com o Bope em Laranjal do Jari (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Segundo o comandante do Bope, coronel Paulo Matias, o suspeito que morreu em confronto com a PM estava escondido na cidade de Laranjal do Jari, organizando uma fuga para o estado do Pará. Ele completa que outro homem foi identificado por suspeita de envolvimento no ataque ao fórum de Santana.

“Infelizmente ao fazer o cerco, o suspeito fez cinco disparos de pistola, e no revide ele foi atingido. Temos um foragido, que está com o mandado de prisão em aberto. É uma quadrilha que se articulou para ganhar poder, e tentar se instalar no Amapá”, destacou.

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