Doze famílias afetadas pelo incêndio que atingiu uma área de periferia no bairro Araxá, Zona Sul de Macapá, na sexta-feira (15), foram encaminhadas para residências de parentes e cadastradas no aluguel social pago pela prefeitura. Outras cinco famílias foram alojadas na Escola Municipal Antônio Barbosa, no bairro Santa Inês, na orla da cidade.
Entre as vítimas que perderam tudo, está a empregada doméstica Fernanda Maciel, de 55 anos, que teve a casa totalmente destruída no incêndio. Ela contou que estava trabalhando no momento do acidente e só soube do ocorrido após ser informada pela filha. Abalada, ela lamenta a perda dos bens materiais, mas ressaltou que pretende reconstruir o imóvel no mesmo lugar.
“Eu tinha comprado essa casa há dois anos e estávamos fazendo a ampliação, mas infelizmente ocorreu isso. Quero reconstruir minha casa aqui, pois eu pagava aluguel e eu quero voltar a morar no espaço que comprei”, disse determinada.
O sinistro iniciou por volta das 15h30 e o fogo se alastrou em uma área alagada de periferia, com moradias erguidas em madeira e algumas em alvenaria. Não houve registro de feridos, apenas de perda material.
O Corpo de Bombeiros foi acionado cerca de 30 minutos depois e iniciou os trabalhos na área, que é de difícil acesso. Rapidamente, as pessoas atingidas retiraram móveis, eletrodomésticos e objetos das residências com temor de que o incêndio se alastrasse. Os moradores comentaram que o fogo começou em uma central de ar, numa casa em madeira de dois andares.
O autônomo Gervásio Duarte, de 20 anos, informou que as chamas iniciaram na casa dele, possivelmente após um curto circuito e as chamas se alastraram pelo forro em material PVC e se espalharam para as construções vizinhas.
“O incêndio começou na minha casa. Morava aqui com meus pais e meus irmãos, mas não tinha ninguém nesse momento Eu tava voltando pra casa quando vi que estava pegando fogo. A perda foi total, estamos em casas de parentes nossos. Só Deus para nos ajudar”, lamentou.
Segundo a prefeitura de Macapá, as famílias receberam assistência imediata na área do incêndio. Sete casas foram totalmente destruídas e quatro tiveram perda parcial, deixando ao todo, 17 famílias sem ter onde morar.
A Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast) realizou o cadastro de todas as famílias para que recebam o aluguel social. “Esse cadastro coleta informações para saber se eles atendem às exigências para receber o auxílio”, explica a secretária Naldima Flexa.
O governo do Amapá informou que também presta auxílio para as famílias. A Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims) iniciou o atendimento para a retirada de documentos civis. O Corpo de Bombeiros iniciou uma perícia no local na manhã deste sábado (16).
A estimativa é que as famílias seguirão abrigadas na escola por pelo menos uma semana, até que sejam emitidos novos documentos. No entanto, esclareceu que elas já podem procurar imóvel para alugar.
A prefeitura informou que está recebendo doações para as famílias que estão alojadas no abrigo e em casas de parentes. Podem ser doados água, comida, material de higiene, toalhas, lençóis, calçados, roupas, brinquedos e outros itens. O material deve ser entregue diretamente na escola Antônio Barbosa.
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