sábado, 7 de outubro de 2017

Buracos em paredes e falta materiais didáticos prejudicam ensino em escola de Macapá

Escola Municipal Fortaleza tem estrutura precária, segundo professores (Foto: Jorge Abreu/G1)Escola Municipal Fortaleza tem estrutura precária, segundo professores (Foto: Jorge Abreu/G1)

Escola Municipal Fortaleza tem estrutura precária, segundo professores (Foto: Jorge Abreu/G1)

Além dos livros e cadernos, buracos e goteiras passaram a fazer parte da rotina diária de crianças e professores na Escola Municipal de Ensino Fundamental Fortaleza, localizada no distrito Igarapé da Fortaleza, em Macapá. Os problemas relatados incluem estrutura frágil, espaço inadequado para locomoção, além da falta de materiais didáticos.

O secretário municipal de Educação, Moisés Pereira, informou que reuniu, há cerca de um mês, com o corpo técnico da instituição de ensino e a comunidade do Igarapé da Fortaleza, no qual foram discutidas todas as dificuldades. Segundo o gestor, um novo prédio deve ser alugado para receber as atividades escolares.

Paredes de salas de aula têm buracos (Foto: Jorge Abreu/G1)Paredes de salas de aula têm buracos (Foto: Jorge Abreu/G1)

Paredes de salas de aula têm buracos (Foto: Jorge Abreu/G1)

Os moradores da área teriam ficado com a missão de encontrar um novo lugar para onde a escola pode ser transferida. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que um prédio próprio será construído, mas aguarda do Governo do Amapá a doação de terreno para iniciar a obra.

“Realmente o prédio está numa situação precária. Fizemos uma reunião com a comunidade e foi pedido para que arrumasse um novo prédio para que nós alugássemos. Um proprietário chegou a nos apresentar um espaço que ainda falta passar por adaptações”, disse Moisés Pereira.

Sobre a falta de materiais didáticos, a prefeitura ressaltou que as aquisições não são de responsabilidade do município e a direção da escola deve fazer o pedido ao Caixa Escolar, recurso controlado pelo Governo Federal.

Localizada na Rodovia JK, na fronteira dos municípios de Macapá e Santana, a escola do distrito de Igarapé da Fortaleza atende cerca de 250 estudantes em apenas cinco salas, com oferta dos ensinos fundamental e para Jovens e Adultos (EJA), nos três turnos.

Dona de casa Maria José Gomes com a filha Gabriela (Foto: Jorge Abreu/G1)Dona de casa Maria José Gomes com a filha Gabriela (Foto: Jorge Abreu/G1)

Dona de casa Maria José Gomes com a filha Gabriela (Foto: Jorge Abreu/G1)

Para a dona de casa Maria José Gomes, de 29 anos, a situação prejudica o aprendizado dos estudantes. Ela conta que tem medo da filha Gabriela, de 9 anos, chegar a adoecer, com as goteiras em período de chuva e o forte calor, devido a falta de climatização.

“Eu tenho medo da minha filha adoecer, gripar. Ela já teve pneumonia, então a situação dela é muito complicada. Ela não pode ficar no calor e nem pegando chuva. Eu queria que tivesse uma escola boa para minha filha estudar, porque aqui não está dando certo”, reclamou.

De acordo com a coordenadora pedagógica Selma Tavares, são os próprios professores que compram os materiais didáticos, como pinceis, apagadores, cartolinas, papéis, entre outros. A educadora cobra mais atenção do poder público em relação ao problema.

“As condições em que os professores se encontram são difíceis. Primeiro, eles não têm nem materiais didáticos para auxiliar o aprendizado dentro de sala de aula. Os professores são verdadeiros guerreiros, mas sentem na pele para suprir todas as dificuldades”, enfatizou.

Espaço dentro das salas não seriam adequado para locomoção (Foto: Jorge Abreu/G1)Espaço dentro das salas não seriam adequado para locomoção (Foto: Jorge Abreu/G1)

Espaço dentro das salas não seriam adequado para locomoção (Foto: Jorge Abreu/G1)

Já a professora Maria Leonia da Rocha, de 51 anos, teme que a estrutura da escola não aguente e cause algum acidente. Ela lembra que nos 8 anos de atuação nesse prédio não viu nenhum trabalho de reforma por parte da rede física da Semed.

“Essa escola já vem de outro prédio também precário. Pegamos esse prédio e nós, funcionários, fizemos a limpeza, incluindo pinturas e decoração. Todos se empenharam para conseguirmos um espaço bom para trabalhar. Mas essa estrutura está ruim”, lamentou.

Estrutura é alvo de reclamação de pais de alunos e corpo técnico da escola (Foto: Jorge Abreu/G1)Estrutura é alvo de reclamação de pais de alunos e corpo técnico da escola (Foto: Jorge Abreu/G1)

Estrutura é alvo de reclamação de pais de alunos e corpo técnico da escola (Foto: Jorge Abreu/G1)

Escola deve ser transferida para novo prédio (Foto: Jorge Abreu/G1)Escola deve ser transferida para novo prédio (Foto: Jorge Abreu/G1)

Escola deve ser transferida para novo prédio (Foto: Jorge Abreu/G1)

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