sábado, 14 de outubro de 2017

Com foco em segurança alimentar, startup desenvolve pesquisa com insetos em Uberlândia

Raphael conta que optou por usar a biotecnologia para resolver algum problema no mercado e, assim, criou a Intech Brasil com outros dois amigos (Foto: Marcela Pissolato/Divulgação )Raphael conta que optou por usar a biotecnologia para resolver algum problema no mercado e, assim, criou a Intech Brasil com outros dois amigos (Foto: Marcela Pissolato/Divulgação )

Raphael conta que optou por usar a biotecnologia para resolver algum problema no mercado e, assim, criou a Intech Brasil com outros dois amigos (Foto: Marcela Pissolato/Divulgação )

Pesquisadores estão investindo em Uberlândia na criação de insetos que podem contribuir para a segurança alimentar mundial. O projeto é desenvolvido por uma startup apoiada pelo Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (Ciaem) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e já tem como primeiro resultado a produção de ração animal. No futuro, a ideia é que os insetos também sejam utilizados na alimentação humana.

Os biotecnólogos Raphael Henrique Silva e Maurício Medeiros e o médico veterinário Regis Kamimura são os responsáveis pela startup de biotecnologia Intech Brasil e criam a espécie de inseto chamada Tenebrio molitor, que é rico em proteínas e outros nutrientes, além de ser abundante na natureza.

“O inseto é desenvolvido em ótimas condições de umidade, temperatura e controle de pragas e doenças. A gente processa, desidrata ou faz a farinha, que é um outro produto. Depois comercializamos isso com a alimentação animal”, explica Silva.
Segurança alimentar é foco de trabalho de pesquisadores em Uberlândia (Foto: Katylene França)Segurança alimentar é foco de trabalho de pesquisadores em Uberlândia (Foto: Katylene França)

Segurança alimentar é foco de trabalho de pesquisadores em Uberlândia (Foto: Katylene França)

Alimentação humana

Atualmente, os clientes da Intech Brasil são fábricas de ração e criadores de pássaros e peixes. A perspectiva do trio, no entanto, é atuar em todas as cadeias de alimentação animal, chegando aos seres humanos- a exceção seria apenas ruminantes, que não podem consumir insetos.

Segundo Silva, existem diversos estudos, como o da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que mostram que a população mundial deve superar 9 bilhões em 2050. Para suprir essa demanda, será necessário aumentar em 60% a produção mundial de alimentos. Por isso, ele e os colegas decidiram desenvolver um trabalho na área de biotecnologia com foco nessa necessidade.

A pesquisa com insetos de Silva, Medeiros e Kamimura começou a ser feita em 2016 e se tornou a proposta da empresa incubada na UFU no início de 2017. O objetivo é que os produtos criados pelo trio cheguem ao mercado até o final deste ano.

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