segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Investigação de deputada federal do AP por tortura contra cabo eleitoral é mantida pela PGR

Deputada Jozi Araújo foi eleita deputada federal pela primeira vez em 2014 (Foto: Fernanda Calgaro/G1)Deputada Jozi Araújo foi eleita deputada federal pela primeira vez em 2014 (Foto: Fernanda Calgaro/G1)

Deputada Jozi Araújo foi eleita deputada federal pela primeira vez em 2014 (Foto: Fernanda Calgaro/G1)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a oitiva de seis pessoas envolvidas num suposto caso de tortura contra um cabo eleitoral à mando da deputada federal Jozi Araújo (Podemos-AP). A parlamentar chegou a pedir o arquivamento do inquérito, mas a solicitação foi negada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A defesa da deputada aponta que não há provas concretas de participação de Jozi, mas entende que os procedimentos de apuração por parte de PGR e STF são de praxe. A advogada Laura Nunes acrescentou que a parlamentar e as pessoas citadas para oitiva vão prestar os esclarecimentos a fim de resolver o caso.

No caso, a deputada é alvo de denúncia por parte de um homem que alega ter emprestado R$ 35 mil a então candidata na campanha de 2014. Como garantia, Jozi teria dado três cheques ao homem. Ao descontá-los em março do ano seguinte, já com a parlamentar no cargo, descobriu que eles estavam sem fundos.

Ao cobrar a suposta dívida, o homem teria sido encaminhado a uma uma assessora de Jozi, que iria efetuar o pagamento. Ao entrar em contato com ela, foi informado de que não havia dívida. Em seguida, o homem registrou boletim de ocorrência na delegacia, em Macapá.

Meses depois, ao encontrar a deputada no aeroporto da capital, voltou à cobrá-la e dessa vez disse ter sido ameaçado por duas pessoas que estavam com Jozi com termos como "seus dias estão contados". Dias depois, disse alegou a abordagem por três pessoas encapuzadas, que armadas o levaram para uma área abandonada e o agrediram, inclusive arrancando uma unha.

O denunciante diz que a violência foi com ordens de Jozi Rocha. A deputada foi notificada no fim de maio a prestar informações do ocorrido, caso desejasse, e através de petição solicitou o arquivamento do inquérito alegando ausência de indicios de autoria e materialidade.

"Ele esteve presente em campanhas dela. Ele emprestou uma quantia, mas foi paga por uma das pessoas citadas. Depois das eleições não houve nenhum contato da deputada com esse senhor, nem das formas que ele alega. Não houve promessa", completou a advogada da parlamentar.

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