Polícia investiga desaparecimento de estudante de Direito em Teresina
Luana Regina, amiga da estudante de Direito Camilla Abreu, 21 anos, desaparecida há quatro dias, afirmou ao PI TV 1ª Edição, nesta segunda-feira (30), que o namorado da jovem era muito ciumento e que teria agredido a estudante algumas vezes. Segundo Luana, Camilla já teria pulado do carro do namorado em movimento durante uma discussão. Para a família, ele é o principal suspeito do desaparecimento.
Segundo o tio de Camilla, Jandeylton Rodrigues, o namorado foi a última pessoa com quem a jovem teve contato. O desaparecimento está sob a investigação da Delegacia de Homicídios, que pretende definir até o fim desta segunda-feira (30) o direcionamento da investigação.
"O relacionamento deles era marcado por muitas cenas de ciúmes e agressão física. Sempre tem um desentendimento quando eles saíam juntos, ela não podia olhar o celular, não podia falar alguma coisa no meu ouvido ou olhar para lado que ele fechava a cara. Fora as agressões que ela sofria. Ele não fazia nada na frente da pessoas, mas por trás sim. Ela contava o que acontecia. Me mandava mensagem dizendo ele batia nela, dava chutes na barriga dela. Ela já pulou do carro em movimento em uma discussão", declarou a amiga.
Luana Regina foi uma das últimas pessoas que manteve contato com o casal, antes do desaparecimento de Camilla Abreu. Os dois estavam num bar e ela foi ao encontro deles.
"Quando cheguei ao local, ela já estava embriagada junto com ele. Aí fomos embora, eles me deixaram no Vale do Gavião e por volta de 2h na madrugada. Depois disso, eu não tive mais notícias dela", contou.
Luana Regina, amiga de Camilla Abreu, desaparecida há quatro dias (Foto: Reprodução / TV Clube)
O namorado de Camilla é capitão da Polícia Militar do Piauí e tem 35 anos. Ele estava juntos há 10 meses. O PM se apresentou à corregedoria da PM depois de ficar dois dias sem dar notícias. Ele afirmou ter deixado a namorada na porta de casa.
O que também intriga os familiares é o fato do celular da jovem ter sido encontrado por uma pessoa desconhecida próximo à BR-343.
Avô tinha medo
Desesperado, o avô de Camila diz que nunca gostou do relacionamento da neta com militar porque achava ele muito possessivo.
Camilla está desaparecida há quatro dias (Foto: Reprodução/Facebook)
"Que ela venha faltando uma pena, que venha faltando um braço ou numa cadeira de rodas para a gente cuidar pelo resto da vida, mas que ela volte para nosso convívio porque eu não aguento mais. É triste a família esta arrasada. Eu mais ainda porque amo ela, minha neta é minha vida, meu coração. Eu não estou podendo fazer nada estou parado, estou quase morto. Eu já pedi a Deus para ter eu levado no lugar dela, tenho 77 anos, enquanto ela só tem 20 anos, com uma vida promissora, começando curso e empolgada. É uma menina linda. Soubemos que ele tinha muito ciúmes até com a irmã dele”, desabafou o avô.
A Polícia Militar disse que não vai se pronunciar sobre caso enquanto a investigação da polícia civil não encerrar.
Avô de Camila diz que nunca gostou do relacionamento (Foto: Reprodução / TV Clube)
Pai disse que vizinha presenciou agressões
O pai da jovem, Jean Carlos, afirmou ao G1 que não sabia que a filha sofria agressões do namorado, mas via que o relacionamento era conturbado. "Uma vizinha disse que, às vezes, quando ele vinha deixar ela aqui, ele batia nela dentro do carro. Ele tinha muito ciúmes dela. Eu não sabia, mas eu tinha falado para ela diversas vezes que não dava certo esse relacionamento. Eu sentia isso, meu coração dizia que não ia dar certo", declarou.
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