sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Justiça interdita local por 'promover exploração sexual' em Quixeramobim; festa teria apoio de vereador

Cartaz de divulgação do evento que celebra abertura de prostíbulo cira vereador como patrocinador (Foto: Reprodução)Cartaz de divulgação do evento que celebra abertura de prostíbulo cira vereador como patrocinador (Foto: Reprodução)

Cartaz de divulgação do evento que celebra abertura de prostíbulo cira vereador como patrocinador (Foto: Reprodução)

A Justiça determinou a interdição do estabelecimento conhecido como “Portão Preto”, localizado no distrito de Cupim, em Quixeramobim, após o Ministério Público entrar com uma ação solicitando o cancelamento da festa que comemoraria o aniversário de abertura da casa de prostituição.

A decisão foi proferida pelo juiz Rogaciano Bezerra Leite Neto, titular da 2ª Vara da Comarca de Quixeramobim, nesta sexta-feira (6).

Patrocínio de vereador

Segundo o Ministério Público, a festa celebraria os cinco meses de funcionamento do local "disfarçado' de bar, mas destinado à exploração sexual. No cartaz de divulgação da festa, o vereador Célio Neto (PR-CE), de Quixeramobim, aparece como um dos patrocinadores.

Em entrevista ao G1, Celio Neto afirmou que entregou R$ 40 da própria renda ao promotor do evento, que realiza festas semanalmente em Quixeramobim, para financiar a divulgação do evento.

"Eu fui pego de surpresa, porque eu sempre ajudo as pessoas com festas, torneios de futebol, lazer... foi quando eu fui pego de surpresa, um rapaz veio me avisar que meu nome estava sendo vinculado a uma festa e que eu estava apoiando a prostituição", afirmou.

De acordo com o juiz, “o estabelecimento funciona como ‘bar e pousada’, mas extrapola a autorização de funcionamento que lhe foi conferida pela Administração Pública, existindo, de fato, indícios de prática criminosa cuja audácia se explicita pela sensação de impunidade ao se promover a divulgação de um evento comemorativo contando com o apoio de um membro do Poder Legislativo local, como se houvesse uma espécie de chancela estatal legitimadora da exploração da prostituição”.

0 comentários:

Postar um comentário