Pacientes com leucemia mielograma, um tipo de câncer não hereditário que atinge a medula óssea, denunciam que desde o começo do mês não conseguem receber o medicamento Mesilato de Imatinibe, essencial para o tratamento da doença. No Maranhão, o medicamento é distribuido pela Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme).
A maranhense Anilda Maria Willers tem a doença e toma o medicamento que é distribuído pela Feme, há cerca de três anos. Ela afirma que desde o dia 5 deste mês não tem conseguido receber o medicamento. Em São Luís, o medicamento não é vendido nas farmácias. Em São Paulo, por exemplo, uma caixa com trinta comprimidos custa R$ 2.200 reais.
"Com o medicamento nós temos vida normal. Agora sem o medicamento nós ficamos impossibilitados de ter vida. Dia 5, quando fui ao laboratório receber o medicamento, cheguei lá e disseram que não havia o medicamento. E aí a gente fica, de certo modo, muito preocupada até porque a nossa vida depende do medicamento", denuncia a paciente.
O aposentado Adiel Gomes, que também tem a doença, sofre com a falta do medicamento. O maranhense conta que sem o uso do remédio ele sofre com os efeitos colaterais da doença. “Sem o uso a gente fica debilitado, cansado e tantas outras coisas. Então a gente depende muito desse comprimido. A gente fica esperando uma boa resposta para que a gente venha ter essa facilidade de continuar o tratamento e que, na realidade, acaba que prejudicando por não ter o retorno do medicamento apropriado para poder estabilizar a doença", reclama.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o fornecimento do Mesilato de Imatinibe é de responsabilidade do Ministério da Saúde e segundo o órgão, o Governo Federal já iniciou o processo para reabastecimento dos Estados. A SES disse, por meio de nota, que até o fim da próxima semana o problema deve estar solucionado.
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