José Maria é devoto de Nossa Senhora de Nazaré (Foto: Rita Torrinha/G1)
Duas situações em que temeu a morte fizeram com que o funcionário público federal aposentado, José Maria Tourinho, de 81 anos, fortalecesse ainda mais a fé em Nossa Senhora de Nazaré. Ele credita à Virgem Maria ter saído ileso de um naufrágio e sobrevivido a uma facada no peito.
A devoção inspirou homenagens pelas dádivas alcançadas. Além de ter imagens espalhadas por toda a casa em Macapá, o nome da sua primeira filha é Maria de Nazaré.
“Nossa Senhora é tudo pra mim. Ela é minha protetora. Toda vez que saio de casa peço a bênção dela e levo comigo uma medalha que me protege”, conta o aposentado.
José Maria Tourinho não perde nenhuma edição do Círio de Nazaré (Foto: Rita Torrinha/G1)
A primeira experiência ocorreu há vinte anos na localidade ribeirinha de Carmo do Macacoari, a cerca de 100 quilômetros de Macapá. A embarcação em que estava naufragou depois de bater em um navio de pesca. No impacto, José diz ter sido arremessado para o fundo do barco e bateu fortemente a cabeça, ficando por alguns minutos desacordado.
Ao retomar a consciência, Tourinho se viu cercado de água e escutava longe os gritos de pessoas à procura dele. Era noite, ainda desorientado e em meio à escuridão ele lembra ser difícil saber para qual lado ir. Nesse momento ele diz que suplicou à Nossa Senhora, que lhe deu forças para nadar até a margem do rio, acredita.
“Ela foi a primeira imagem que veio na minha cabeça e eu comecei a rezar e pedir que me salvasse. A batida na cabeça foi grande e eu tinha me machucado com a queda”, lembrou.
Ao sair de casa, José Maria pede a bênção da protetora (Foto: Rita Torrinha/G1)
O segundo episódio foi o livramento de morrer por uma facada no peito, desferida por um ex-amigo que frequentava a casa dele. O golpe foi profundo, e mais uma vez ele recorreu à sua protetora. “A minha mãe nunca me larga. Ela está comigo sempre. Fiquei muito mal no hospital, mas venci”, relata.
A fé que só se fortalece cada vez mais teve início aos 7 anos. José Maria aprendeu com os pais a participar do Círio. Acompanha a procissão desde pequeno. Agora, a idade não lhe permite mais andar tanto, porém ele faz questão de todos os anos levar uma cadeira para esperar a berlinda passar e agradecer.
“Vou levar minha cadeira e sentar num lugar bom para ver a minha Santa. Devo muito a ela. Aliás, devo a minha vida. Por tudo isso é que ela está presente em todos os ambientes da minha casa e no nome da minha filha”, finaliza o fiel, beijando o manto da imagem que fica no altar do quarto dele.
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