Acadêmicos da Unir se reúnem para protestar contra insegurança em transporte público de Porto Velho (Foto: Jheniffer Núbia / G1)
Usando megafone, placas e cordas nas mãos, os acadêmicos da Univerdade Federal de Rondônia (Unir) se reuniram no terminal de ônibus de Porto Velho para protestar e exigir segurança das autoridades. O ato foi feito após alguns alunos serem assaltados três vezes no ônibus que faz linha para a universidade, só neste semestre. O último roubo foi na terça-feira (28).
Durante o protesto, a Avenida Sete de Setembro chegou a ser fechada por quase uma hora.
"Antes de virmos para cá, falamos com a coordenação do curso de História da univerdade e eles nos liberaram para fazer essa manifestação pacífica como forma de lutar por nossos direitos", disse uma aluna, preferindo não se identificar.
Acadêmicos fecham Avenida Sete de Setembro em protesto contra insegurança no transporte público da capital (Foto: Jheniffer Núbia / G1)
Além da manifestação, os alunos arrecadaram assinaturas de passageiros no terminal para realização de um abaixo-assinado.
"Já temos mais de quatro folhas só das pessoas que passaram por aqui no terminal, que assim como a gente sente o descaso e a falta de segurança. Com esse abaixo-assinado podemos mostrar ao poder público que esse protesto não é uma baderna, mas que foi uma conversa com a população e a mesma nos apoiou assinando a nossa petição", diz a acadêmica.
Daniela Vicentine, estudante do curso de História, utiliza do transporte público para ir à univerdade e todos os dias leva o filho com ela.
"Temo por mim, mas temo principalmente pelo meu filho. Todos os dias vou para faculdade e torço para que a aula não termine à noite, pois neste percurso não temos segurança nenhuma. Hoje luto para que meu filho tenha um futuro melhor", diz.
Estudante do curso de História diz se sentir insegura ao andar no transporte público em Porto Velho (Foto: Jheniffer Núbia / G1)
Depois da concentração, os acadêmicos saíram do terminal e seguiram com a manifestação pela Rua Rogério Weber até chegar na Avenida Sete de Setembro, momento que fecharam a avenida por cerca de 40 minuntos.
"Eu concordo com a manifestação, a falta de segurança está de forma geral. Estamos esquecidos e as autoridades nada fazem", disse Erika da Silva, que trabalha em um restaurante no centro.
Uma outra moradora e usuária do transporte público, que não quis se identificar, diz concordar com o tema abordado pelos acadêmicos, mas que o ato de fechar a rua é algo não aceitável.
"Isso aqui é uma palhaçada! Estou querendo chegar na minha casa, mas estou sendo impedida com a atitude deles. Eles têm é que fazer essa manifestação lá na frente da prefeitura, da Assembleia e não aqui".
Trabalhadora diz concordar e apoiar manifestação de academicos em Porto Velho (Foto: Jheniffer Núbia / G1)
Depois de colher assinaturas dos condutores e passageiros dos veículos, os manifestantes seguiram pela avenida até a Reitoria da Unir, na Avenida Presidente Dutra.
"Vamos ficar concentrados na Unir Centro e depois seguiremos até o Campus, onde teremos uma reunião para discurtir sobre o assunto", conta uma das organizadoras do protesto.
Outro lado
O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar (PM) e a corporação informou que vai intensificar a fiscalização no local do assalto do ônibus. A PM também ressaltou que o núcleo de inteligência vai verificar o caso para tentar identificar os assaltantes e prendê-los.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Rodoviaria Federal (PRF), já que boa parte do trajeto com o ônibus universitário fica na BR-364, mas até o fechamento desta matéria teve nenhuma reposta da corporação.
Em uma rede social, o vereador e historiador Aleks Palitot postou uma foto com um ofício nas mãos e informou que o encaminhará ao secretário de segurança, Consórcio Sim e a Secretária de Trânsito de Porto Velho para requerer medidas maiores de segurança ao transporte público da capital Porto Velho.
Acadêmicos da Unir se reúnem para protestar contra insegurança em transporte público de Porto Velho (Foto: Facebook/Divulgação)
*Por Jheniffer Núbia, estagiária do G1 Rondônia, sob a supervisão de Jonatas Boni.
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