quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Prefeito e ex-prefeito de Patrocínio são denunciados por corrupção pelo MPMG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou por crime de corrupção ativa o prefeito de Patrocínio Deiró Moreira Marra e, por corrupção passiva, o ex-prefeito Júlio César Elias Cardoso.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Patrocínio, que informou em nota nesta quinta-feira (30) que Deiró Marra nunca foi ouvido pelo MPMG sobre esses fatos e lamentou a denúncia. Além disso, informou que apresentará provas de que a denúncia é caluniosa. A reportagem também tentou contato com Júlio César Elias, mas as ligações não foram atendidas.

De acordo com a promotoria, em 2007, Marra teria dado R$ 1 milhão a Júlio César Elias - prefeito na época - para que a empresa dele e da família vencesse a licitação para prestar serviços de transporte público na cidade do Alto Paranaíba.

Ainda de acordo com a denúncia, entregue à Justiça no último dia 21 de novembro, há indícios de que o ex-prefeito fraudou a licitação e inseriu no edital uma cláusula restritiva de competição para favorecer a empresa de transporte do atual prefeito.

A Procuradoria Especializada no Combate aos Crimes de Prefeitos, do MPMG, passou a investigar o caso após receber documentação do Ministério Público do Paraná (MPPR), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).

Os paranaenses identificaram a existência de indícios de fraude em Patrocínio quando investigavam uma organização criminosa que atuava nos procedimentos licitatórios para concessão de serviço público de transporte coletivo urbano envolvendo vários municípios do país.

Um dos suspeitos de envolvimento nessa organização criminosa citou o nome do atual prefeito de Patrocínio durante depoimento em um acordo de delação premiada formalizado com o MPPR. O suspeito, cujo nome não foi divulgado, declarou que Deiró Marra encomendou um edital para fraudar licitação. Esse documento é o que seria utilizado por Júlio César Elias, então prefeito, no favorecimento da empresa de transporte público.

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