Fortaleza é uma das capitais brasileiras com a maior quantidade de crianças e adolescentes na fila de espera por cirurgias eletivas (não urgentes) somando 3.820. A capital cearense está na frente, por exemplo, de São Paulo (3.750), Aracaju (274) e Porto Alegre com (223). Há 13 pacientes aguardando desde 2001 para realização de algum tipo de cirurgia.
Os dados foram enviados pelas secretarias de saúde à Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entidade que divulgou os relatórios, e contabilizam pedidos de cirurgias encaminhados até junho de 2017.
Os procedimentos de amigdalite ou adenoide são as recordistas na fila de espera, totalizando 651.
Faixas etárias dos pacientes em Fortaleza são:
- Menores de um ano: (39)
- 1 a 4 anos: (503)
- 5 a 9 anos: (1.268)
- 10 a 14 anos: (1.199)
- 15 a 19 anos: (811).
Já no âmbito estadual, o Ceará está em terceiro lugar no ranking somando 1.900 cirurgias esperando por liberação em 145 municípios. O procedimento mais demandado é a postectomia (272), sendo que o primeiro da fila aguarda desde 2006 pelo atendimento.
Faixas etárias dos pacientes no Ceará são:
- Menores de um ano: (30)
- 1 a 4 anos: (408)
- 5 a 9 anos: (648)
- 10 a 14 anos: (400)
- 15 a 19 anos: (414).
Na relação, há solicitações que desde 2001 aguardam pela realização de cirurgia. O número representa pouco menos de 10% do tamanho da fila de cirurgias eletivas represadas no País. Segundo as informações coletadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), há 904 mil casos desse tipo no País, resultado da soma dos números disponibilizados por 16 estados e 10 capitais.
Esse conjunto de informações foi analisado pela SBP que conseguiu fazer essa triagem por faixa etária apenas nos estados de Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins. Também foi possível fazer a separação nos formulários encaminhados por quatro capitais – Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).
As planilhas encaminhadas pelos outros estados e municípios não permitiam essa identificação, o que sugere que o número de crianças e adolescentes sem respostas para seus problemas cirúrgicos deve ser bem maior que os 68 mil relatados.
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