Em Divinópolis, o imposto pago pela população já chegou a mais de R$ 122 milhões, sendo aproxidamante R$ 10,3 milhões a mais que a arrecadação total do ano passado, que foi em mais de R$ 112 milhões. As informações são do “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O valor pago pelos brasileiros em impostos até este sábado (23) já estava em mais de R$ 2,1 trilhões. Esta é a primeira vez que o valor é alcançado. Entre os produtos com maior taxa de tributos estão as bebidas, os combustíveis e os importados.
Segundo Roberto Rocha, diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) em Divinópolis, o valor do imposto dos combustíveis é um dos mais altos.
“Na maioria das vezes, graças ao imposto, a margem de lucro dos postos acaba sendo muito pequena, pois repassar ao consumidor o valor se faz necessário, o que coloca o combustível nas bombas com um valor alto e nem sempre o dono de posto pode repassar o reajuste da forma como seria necessária pra manter os lucros. A taxa de imposto pode variar, dependendo se o combustível é álcool, gasolina ou diesel”, disse.
Uma pesquisa da ACSP também revela que, de uma lista de itens típicos desta época, as bebidas alcóolicas são campeãs no quesito carga tributária. Em um vinho importado, por exemplo, o brasileiro paga 69,73% só de impostos. Também chamam a atenção as cargas do espumante (59,49%), da cerveja (55,6%) e do vinho nacional (54,73%).
Sinval Campos Ferreira é gerente de um supermercado, no Bairro Manoel Valinhas, e conta que uma das saídas para conseguir manter os preços mais acessíveis é negociar os valores com as importadoras, pois caso fossem fazer a compra direta, o valor poderia ser muito alto e inviável.
Impostômetro brasileiro
Para o dia 31 de dezembro, a estimativa é que a marca brasileira chegue a R$ 2,170 trilhões – o que representa elevação de 8,4% em relação à arrecadação total de 2016, quando o painel marcou R$ 2,004 trilhões.
“O que mais contribuiu para esse aumento de um ano para o outro foi a retomada da atividade econômica, principalmente do setor industrial, que, quando está em expansão, recolhe mais tributos”, explicou Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ainda segundo Burti, há outros dois fatores para o resultado de 2017: a elevação de alíquotas no primeiro semestre deste ano e a inflação.
“Quando os produtos e serviços ficam mais caros, o valor arrecadado em imposto também cresce. Mesmo com recuos em 2017, a inflação ainda está em patamar elevado. A mordida maior do Leão afasta a necessidade de aumentos ou recriação de impostos e reforça a urgência de se administrar melhor os gastos”, finalizou.
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