domingo, 10 de dezembro de 2017

'Encoraja nosso trabalho', diz coordenador de biblioteca pública de Juiz de Fora sobre premiação de projeto

'A premiação encoraja e dá sentido e estímulo ao nosso trabalho', diz coordenador da Biblioteca de Benfica em Juiz de Fora (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)'A premiação encoraja e dá sentido e estímulo ao nosso trabalho', diz coordenador da Biblioteca de Benfica em Juiz de Fora (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)

'A premiação encoraja e dá sentido e estímulo ao nosso trabalho', diz coordenador da Biblioteca de Benfica em Juiz de Fora (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)

A premiação do projeto “Leitores e Mediadores em Ação”, da Biblioteca Regional Delfina Fonseca Lima, localizada em Benfica, destaca o trabalho de aproximação da instituição com a comunidade dos bairros da zona norte de Juiz de Fora. A avaliação é do coordenador da unidade, Cristiano Fernandes.

O projeto foi classificado como uma das três melhores ações brasileiras de fomento à leitura na categoria “Biblioteca”. Ao lado de iniciativas realizadas em Brasília (DF) e Salvador (BA), recebeu o selo e o troféu do “Prêmio Instituto Pró-Livro – Retratos da Leitura”, em São Paulo na última segunda-feira (4). Outro projeto juiz-forano, o “Escola de Escritores”, da Biblioteca Municipal “Murilo Mendes”, ficou entre os dez finalistas e recebeu o selo de qualidade do Instituto Pró-Livro.

A premiação foi um presente antecipado de aniversário pra a Biblioteca, que completa 32 anos de fundação na próxima quinta-feira (14). Possui um acervo de mais de cinco mil livros, além de periódicos e contabiliza cerca de 1.200 visitantes mensais.

"É um estímulo, que encoraja e dá significado ao nosso trabalho. Tantas propostas legais de todos os projetos finalistas e nós fomos premiados. Estamos fortalecidos porque vimos que temos potencial para não só continuar fazendo, como ampliar as ações", disse Fernandes.

Linha do tempo da Biblioteca de Benfica

  • Inaugurada em 14 de dezembro de 1985, a bibliteoca funcionou inciialmente em um salão do Centro Comunitário do bairro, possuindo um acerco de 800 títulos e também revistas e jornais;
  • Em 1996, diante da ampliação do acervo, a sede foi transferida para o Centro Comercial de Benfica pra dar mais conforto no atendimento aos usuários;
  • Em 1999, mais uma mudança, para um endereço na Rua Henrique Dias, na época o acervo superava 5 mil livros, além de periódicos;
  • Atualmente, a Biblioteca funciona na Rua Marilia, nº 631, perto da Praça do Bairro Benfica, de 8h às 18h, de segunda a sexta e aos sábados, de 8h às 14h.
O coordenador Cristiano Fernandes (centro) e o superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga (dir), receberam a premiação neste mês em evento em São Paulo (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)O coordenador Cristiano Fernandes (centro) e o superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga (dir), receberam a premiação neste mês em evento em São Paulo (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)

O coordenador Cristiano Fernandes (centro) e o superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga (dir), receberam a premiação neste mês em evento em São Paulo (Foto: Cristiano Fernandes/Arquivo Pessoal)

A estratégia de aproximar a instituição da comunidade começou pela escolha do nome. A homenagem à professora Delfina da Fonseca Salles Lima foi decidida em uma eleição a partir de sugestões coletadas em pesquisa feita pela Sociedade Pró-Melhoramentos.

Ela foi lembrada por ter sido uma das primeiras educadoras de Benfica e, ao longo de carreira, lecionou nas escolas estaduais Almirante Barroso, Antonio Carlos e Professor Lopes.

"Buscamos que a população reconheça a biblioteca. É a única pública em um bairro de Juiz de Fora. Foi batizada em homenagem a uma professora que trabalhou na Zona Norte, resgatando a memória positiva e afetiva das realizações de Delfina Fonseca Lima. Ao reativar o projeto, realizamos visitas guiadas para apresentar o espaço, diálogo com as escolas da região, aulas diferenciadas no local, pareceria com professores", explicou.

O “Leitores e Mediadores em Ação” faz parte de uma série de ações, como exposições, eventos, parcerias, saraus, promovidas pela Biblioteca de Benfica para ressaltar, independente da idade, que o espaço é dos moradores e para eles.

"Nós formamos o Entrecontos, um grupo de contação de histórias, que se apresenta aqui na biblioteca e em bairros próximos, o que agrega valor, porque quem não gosta de ouvir uma história? Temos um espaço infantojuvenil com jogos, lúdico, colorido, tapete, puff e destacando a facilidade de acessar os livros. Melhoramos nosso acervo graças a doações e parcerias com livreiros. É para mostrar que a biblioteca é mais que um espaço físico de pesquisa e estudo, tirar o peso da leitura obrigatória, e mostrar que a partir disso, ele consegue fazer uma leitura do mundo, de si mesmo e do outro no mundo. Amplia perspectivas", afirmou.

O coordenador destacou que a Biblioteca quer mostrar aos frequentadores que a leitura pode ser vista como um prazer ao invés de ser encarada com a formalidade.

"Vamos aproximando aos poucos, oferecendo um espaço de convivência agradável, física e simbolicamente e oferecendo estímulos de maneira lúdica. Quando se der conta, já estará lendo e gostando", disse.

"Percebemos que várias pessoas que trabalham no comércio em Benfica buscam nosso espaço na hora do almoço. Desde que iniciamos o projeto, tivemos um acréscimo de 100% de pessoas atendidas. A gente tinha uma média entre 500 e 600 usuários e agora já superamos 1.200 em ações internas e externas, tudo graças ao envolvimento com a comunidade", completou.

Biblioteca em Juiz de Fora recebe prêmio com projeto de aproximação com a comunidade

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