O juiz Luiz Nazareno Hausseler, durante plantão forense na Comarca de Macapá, concedeu, ainda pela manhã desta sexta-feira (29), a retomada de posse da Câmara Municipal, após pedido de urgência feito pelo órgão. O prédio está ocupado desde quinta-feira (28) por servidores municipais, que invadiram o plenário em protesto e interromperam a votação de mudanças na Lei Orgânica de Macapá.
A Câmara informou ao G1 que, até a publicação desta matéria, ainda não havia sido notificada da decisão. O Tribunal de Justiça do Amapá entendeu que a reintegração de posse pode ser feita com uso de força policial, caso haja necessidade, devido à impossibilidade de negociação pacífica alegada pelo Legislativo.
O pedido foi feito pela Câmara ainda na quinta-feira. Assim que houver a notificação, a sessão será retomada, com possibilidade de ser especial, que acontece a portas fechadas, ou secreta, segundo o secretário de comunicação da Câmara, Garcia Brito.
Os vereadores estavam votando mudanças na Lei, mas foram interrompidos por servidores das categorias da Educação, Saúde, Guarda Municipal e da fiscalização que ocupavam as galerias da Casa e invadiram o plenário. O grupo chegou a quebrar parte da estrutura do local e jogou ovos nos vereadores. Eles são contra as mudanças na matéria, que já teve o parecer aprovado.
Entre as propostas estão mudanças no benefício de licença-prêmio e o pagamento das férias, pagas atualmente em 50% e que ficariam para um terço.
Para a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), Katia Cilene Almeida, as alterações serão prejudiciais para todas as categorias do município.
Quando a sessão foi interrompida as forças de segurança como Guarda Municipal e Polícia Militar foram acionadas para conter os ânimos dos manifestantes. Na manhã desta sexta-feira, guardas municipais ainda estavam na Câmara para garantir a segurança.
A Câmara Municipal reforçou que não pretende realizar uma sessão extraordinária para continuar as atividades, mas que se não houver acordo, poderá recorrer a este meio. A Casa tem até domingo (31) para votar as mudanças.
A prefeitura nega. Para o Município, as alterações são necessárias para que se possa realizar concursos e garante que todos os direitos dos servidores atuais estão resguardados.
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