Mensalidade do plano de saúde dos servidores municipais sofre reajuste de 21,5% em Uberlândia (Foto: G1 )
A Prefeitura de Uberlândia autorizou a empresa RN Metropolitan, responsável pelo plano de saúde dos servidores municipais, a aumentar o valor do benefício em 21,5%. O reajuste começou a ser descontado no contracheque dos beneficiários nesta semana com retroativo referente ao mês de novembro.
No comunicado enviado pela assessoria de comunicação, a administração explica que o aumento foi aprovado sobre os valores das mensalidades dos planos (rede ampla e rede própria).
Nas redes sociais, grupos de servidores estão contestando a legalidade do aumento expressivo desde a última quarta-feira (27), quando o desconto foi efetuado. Também reclamaram de que o reajuste não foi avisado previamente pela administração nem foi aberta uma mesa de negociação junto a representantes da categoria.
O presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Uberlândia (Sinpmu), Edeilson Pereira da Silva, comentou que aguarda um parecer jurídico da entidade para saber as medidas que podem ser adotadas.
“Ninguém do Sinpmu ou do Sintrasp foi chamado para participar dessa mesa de negociação. Realmente é um reajuste que pegou muita gente de surpresa, ainda mais que veio o retroativo de novembro junto", pontuou Edeilson.
Ainda segundo o presidente, são cerca de 15 mil servidores e grande parcela adere ao benefício, cujo aumento passa a configurar ainda mais perdas para o servidor, que há pelo menos três anos, não tem reajuste salarial.
"Nós da Educação, por exemplo, não temos reajuste há muito tempo e se houver será sobre a inflação, estimo algo em torno de 2,95 % apenas. Aí vem um plano de saúde descontando 21%", disse Edeilson.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sinstrasp) ainda não pode representar a categoria porque está sob júdice desde agosto, por isso, não foi procurado pelo G1 para comentar o assunto.
Previsão contratual
A Prefeitura disse que aumento é legal. A administração esclareceu que a recomposição é uma ação anual que está prevista no contrato com a empresa e ocorreu depois de longa negociação com o objetivo de manter o serviço de assistência à saúde aos funcionários.
O reajuste inicial proposto pela operadora era de 40,36% sob a alegação de que a sinistralidade - equilíbrio entre as receitas e despesas que tornam viável a operação de uma instituição - havia ultrapassado o índice mínimo preconizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), com percentual de 75%.
Segundo o governo municipal, além de uma recomposição mais justa, as negociações também garantiram que o subsídio sobre as mensalidades fosse igualmente reajustado no mesmo patamar, ou seja, em 21,5%. O subsídio é o valor pago pelo Executivo, em favor do servidor, para ajudar no custeio do plano de saúde.
Os servidores que desejarem alterar a modalidade do plano de saúde podem solicitar a troca entre os dias 2 a 31 de janeiro. Para os que se manifestarem até o dia 12 de janeiro, a alteração será efetivada dentro do mês. Já para os demais, no mês seguinte.
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