quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Arquipélago do AP receberá força tarefa após decretação de situação de emergência pelo governo

Avanço da erosão no Bailique, arquipélago do Amapá, faz poder público ficar em estado de alerta (Foto: Divulgação/Defesa Civil)Avanço da erosão no Bailique, arquipélago do Amapá, faz poder público ficar em estado de alerta (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

Avanço da erosão no Bailique, arquipélago do Amapá, faz poder público ficar em estado de alerta (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

Com o avanço das erosões no arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros de Macapá, o governo do Amapá decretou situação de emergência na região e informou que vai enviar uma força-tarefa no dia 10 de março, para socorrer a população afetada.

O decreto foi assinado no dia 23 de fevereiro e divulgado nesta quarta-feira (28) pelo executivo. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), pelo menos 13 comunidades sofrem com o fenômeno das “terras caídas”, mais de 150 casas já desabaram, afetando 715 moradores, que devem ser remanejados para áreas seguras.

A medida dá acesso ao estado receber apoio emergencial da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O governo deverá apresentar um relatório com os danos causados pela erosão e um plano com as iniciativas que serão tomadas, e poderá solicitar ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas danificadas pelo desastre natural.

Segundo a gestão, as equipes que integram o grupo de trabalho vão se reunir com os moradores, antes de tomadas de decisões. São 60 órgãos estaduais envolvidos e o governo disse que vai reunir também com a prefeitura de Macapá, Ministério Público Federal (MPF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e outros que possam contribuir nas ações.

Escolas, pontes e outras estruturas estão sendo destruídas pela força da maré (Foto: Divulgação/Defesa Civil)Escolas, pontes e outras estruturas estão sendo destruídas pela força da maré (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

Escolas, pontes e outras estruturas estão sendo destruídas pela força da maré (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

O desastre no Bailique contabiliza estragos preocupantes. O levantamento realizado pela Cedec aponta que quatro escolas, um posto de saúde, um posto da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), 84 postes de energia, 1,5 mil metros de passarelas e 85 metros de pontes foram atingidos, com destruição total ou parcial.

Ainda de acordo com o governo, pesquisadores realizaram projeções com dados da Base Cartográfica do Amapá, levantados pelo Exército Brasileiro, que indicaram avanço de dez metros, por ano, na margem do rio Amazonas que circunda o Bailique. O avanço da maré, representa, segundo estudos, a diminuição das regiões apropriadas para moradia.

As localidades mais prejudicadas são Itamatatuba, São Pedro, Vila Macedônia, Vila Progresso, Igarapé Grande do Curuá, Ilhinha e Boa Esperança. O estado de alerta com a região acontece desde 2015. Em 2017, foi a prefeitura que decretou estado de emergência no arquipélago.

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