Cinco pessoas foram presas e mais de 20 mandados de busca foram cumpridos nesta sexta-feira (2) em Divinópolis. A operação batizada de "Thanatos" investiga um esquema de corrupção envolvendo servidores da Prefeitura de Divinópolis e empresas prestadoras de serviços funerários na cidade.
Em nota, a Prefeitura informou que está à disposição para auxiliar nas investigações e esclarecer os fatos. Ainda segundo a Prefeitura, o esquema não abrange o quadro completo de funcionários do setor.
A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informaram que as investigações continuam. Na tarde desta sexta-feira, uma entrevista coletiva foi concedida pelos órgãos para anunciar os primeiros resultados da operação. Além de servidores municipais, foram presas outras pessoas envolvidas.
"Os não servidores são, na verdad,e empresários e o gerente da empresa investigada. Temos um número grande de pessoas investigadas, dentre elas familiares dos agentes funerários, que auxiliavam para operacionar o esquema de propina institucionalizado dentro do serviço municipal", diz o delegado da Polícia Civil, Leonardo Pio.
De acordo com o delegado, não há um número exato de quantas pessoas foram vítimas do esquema. Entretanto, a polícia destacou que foram encontradas várias irregularidades no serviço funerário municipal.
"Esquema na venda de túmulos, outro quanto a florimentos e outrao esquema envolvendo a negociação total do sepultamento", destacou Pio.
As investigações referentes à operação tiveram início a partir da denúncia do Executivo de uma vítima do esquema em 2016. Segundo a Polícia Civil, a estimativa é que o dano causado aos cofres públicos seja de cerca de R$ 300 mil.
A operação
De acordo com a Polícia Civil, foram cumpridas 26 medidas cautelares, sendo 21 mandados de busca e cinco mandados de prisão. Há a possibilidade que outros sejam expedidos, conforme interesse das apurações.
"Tudo isso será apurado nos próximos dias através dos exames periciais, inclusive através da perícia contábil, até mesmo para que estes investigados sejam responsabilizados não só na esfera penal, mas na esfera civil, para ressacir vítimas e inclusive os cofres públicos", observou Pio.
Denúncias
De acordo com o promotor do MPMG, Gilberto Osório, a partir do momento em que a Prefeitura e uma pessoa lesada pelo esquema fizeram as denúncias, as investigações descobriram que funcionários do serviço municipal estava favorecendo empresas em troca de propina.
"Uma determinada empresa do ramo de flor na cidade estava sendo prestigiada por funcionários da Prefeitura mediante uma contrapartida financeira. Uma corrupção", disse o promotor.
Ainda segundo explicou Gilberto Osório, o golpe funcionava da seguinte forma: o servidor era procurado e indicava o consumidor para a floricultura que cobrava um valor mais alto. Parte do lucro era repassada ao servidor que fez a indicação.
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